Topo

Menon

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Antes que me esqueça, a CBF detesta futebol. E o Flu foi prejudicado

Menon

05/06/2022 17h05Atualizada em 05/06/2022 21h14

O post vai um pouco atrasado, eu sei. É domingo, fui almoçar fora e ver Downtown Abbey: A Nova Era. Mereço, não? E recomendo. É a última semana.

E só agora vi lances de Juventude x Fluminense. Lances de polo aquático. Lances no charco. Na lama.

Apita o árbitro e a bola está rolando, dizem os narradores. Em Caxias, não estava rolando. Não dava pra rolar. Não tinha condições de jogo.

Marcado para as onze da manhã, jogo único, poderia ter sido adiado para as 15 ou 16 ou 17 horas. Para as 20, 21, 22. Para as 4 da madrugada ou segunda à noite.

Podia ser qualquer hora com um campo que permitisse um bom jogo de futebol.

É o mínimo que a CBF teria a obrigação de fazer, com todo o dinheiro que arrecada. Exigir campos bons. Campos com boa drenagem. Se a chuva for muito forte, suspende o jogo.

Nada disso. A CBF não protege os clubes brasileiros das ofensas raciais que pululam por toda a América Latina, não paga salário de jogador convocado, não se responsabiliza por contusões de jogadores que estão a seu serviço.

Uma nulidade.

O Juventude poderia ter vencido o Fluminense em campo seco. No Maracanã. Em Wembley. Em Ipanema. Mas, em um campo encharcado, não.

Não poderia ter havido jogo.

Não haveria jogo se a CBF respeitasse o futebol. Seu produto. A paixão brasileira.