Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Rogério tem um urgente problema a resolver
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O São Paulo tem apresentado momentos de bom futebol. Momentos, não. Períodos. Bom futebol, não. Ótimo futebol.
E conquistou apenas 50% dos pontos que disputou.
E ganhou apenas três dos dez jogos que disputou.
A falta de relação entre o futebol apresentado e os pontos conquistados é preocupante. Ela torna difícil alcançar uma vaga para a Libertadores, a meta mais ambiciosa possível para o São Paulo.
Pior. O clube fica em um eterno fio da navalha. Um eterno dilema do copo meio cheio e meio vazio. Está a quatro pontos do líder. Está a quatro pontos do Z-4.
O que vai acontecer primeiro: o time que joga bem e só empata vai vencer ou o time que joga bem e só empata vai perder?
É um problema intrigante, mas não é desesperador. Nada comparado - por enquanto - com a possibilidade de rebaixamento do ano passado.
Rogério também é parte do problema, com algumas substituições equivocadas, como contra Corinthians e Ceará. É parte, mas não o principal culpado.
Houve erros individuais, principalmente de Arboleda e o pênalti perdido por Calleri.
Há a falta de um jogador rápido para o contra-ataque.
Há uma queda de rendimento físico no segundo tempo, até pela intensidade aplicada no início.
Há também algo psicológico. O time joga bem, não mata o jogo e sofre o empate. E, como não mata o jogo, começa a jogar mal. Um ciclo a ser interrompido.
Agora, Rogério fala em falta de ambição.
Ele tem os dados em mão. É preciso achar soluções. Pra domingo, contra o América.
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