John Textor está ajudando o São Paulo a vencer o Botafogo

O Botafogo virou SAF.

Passou a ter um dono.

John Textor é quem decide. Tem a chave do cofre. Manda soltar. Manda prender.

Ele deve ser responsabilizado por tudo, de bom ou ruim. Menos pelos chutes errados, dribles inconcluso etc. Em parte, afinal, foi ele que bancou as contratações.

Enfim, todos presidentes e donos de clubes podem errar.

Mas há um erro imperdoável.

Torcedores do Botafogo invadiram o clube para questionar jogadores. Como o treino era em outro horário, dirigiram suas frustrações, sua sanha vingativa, seu estilo punitivo para alguns jogadores que se recuperaram fisicamente.

Depois, outra cena terrível.

O treinador Luis Castro foi cercado por torcedores. Uma cobrança duríssima. Ele, com educação, explica que cobra, sim, todos os jogadores, inclusive Chay, que, segundo um mais exaltado, estaria enchendo o ânus de cerveja.

Como fica, Textor?

Você veio ao Brasil para fazer o que os outros fazem? Ou não fazem? Deixar profissionais expostos à sanha de pessoas violentas?

Eu desconfio que os torcedores que foram ameaçar jogadores - não vamos usa o eufemismo "cobrar" - nem pagam ingresso. É assim em muitos clubes.

A omissão de Textor, todo poderoso, deixa jogadores e treinador com menos tranquilidade para trabalhar. Com um treino a menos. Ou, no mínimo, com um treino tranquilo a menos.

Tudo ajuda o São Paulo Paulo a sonhar e ter mais possibilidade de conseguir sua primeira vitória fora de casa.