Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Fred, um verdadeiro ídolo, ao contrário de Robinho e Deyverson
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A semana trará a despedida de Fred do futebol. Com mais de 400 gols marcados, sempre foi - é claro - um definidor de alto nível. Também jogou duas Copas, mas não é por isso que fará falta.
O que dói na retirada de Fred é a certeza de que mais um ídolo se vai. E não será reposto. O futebol brasileiro não tem mais ídolos. Talvez não apenas o brasileiro, talvez seja fenômeno mundial.
Com o futebol cada vez mais um negócio e cada vez mais globalizado, o que temos é a América do Sul sendo fornecedor de mão de obra para a Europa.
O jovem se destaca por um ano e atravessa e diz adeus. Não vinga. Não se transforma em ídolo. Fica a saudade. Enquanto não esquecemos quem se foi, mal lembramos a escalação de anteontem, ainda mais agora, com cinco substituições.
A festa da torcida do Fluminense contra o Corinthians, quando Fred jogou dez minutos e fez seu gol 199 foi maravilhosa, até pela atitude respeitosa dos corintianos goleados implacavelmente.
As crianças que estavam em campo foram apresentadas a um ídolo. Uma novidade, algo que levarão para a vida. Algo que dificilmente se repetirá.
Que diferença de Deyverson, autor do gol que deu a Libertadores ao Palmeiras. Ele faz juras de amor eterno, tenta prorrogar os laços afetivos, mas o comportamento antiprofissional e circense, fingindo e cuspindo, servem como âncora. Nunca será um ídolo.
Robinho foi. Poderia ser. Mas as pedaladas são apenas uma lembrança. Quem vai ter um estuprador condenado como ídolo? Que pai vai permitir passivamente esse desvio de caráter ao filho?
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