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Thiago Couto, o herói que não deveria estar em campo
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A atuação de Thiago Couto contra o América-MG permitiria que o gênio Nelson Rodrigues fizesse uma de suas grandes crônicas. O craque da rodada.
Talvez usasse o termo "redenção". Depois de sofrer seis gols em dois jogos, depois de falhas incríveis contra o Inter, o jogador, de 23 anos e apenas seis jogos como profissional, defendeu um pênalti e impediu o gol de empate.
Teve a frieza de um sniper. Estático, em cima da linha, esperou até o último segundo e não foi seduzido pelo malabarismo de Iago Maidana. Venceu o jogo mental e fez a defesa.
Herói? É um modo romântico de tratar o assunto. Nem tanto. O pênalti foi feito por ele mesmo, de forma desnecessária.
Mas a realidade, herói ou não, é que ele não deveria estar em campo. Sua presença foi fruto de uma série de barbeiragens.
1) A diretoria sabia que Volpi seria vendido três meses antes. Ansiava pela venda e não contratou um reserva.
2) A diretoria emprestou Lucas Perri para o Náutico sem fazer uma extensão do contrato. Vai perder o jogador.
3) Com a contusão de Jandrei, Couto virou titular. De repente. Caso se contunda, vai jogar Young, ainda mais jovem.
4) Foi barbeiragem do Departamento Médico descobrir que o caso era grave apenas dez dias da contusão? Não cravo. Não sou médico e não tenho conhecimento do assunto. Mas é muito estranho tanta demora
5) Mais uma barbeiragem. Couto, inexperiente, teve Luizão e Beraldo, ainda mais jovens, como zagueiros, contra o Inter. A diretoria não contratou ninguém após a contusão de Arboleda.
Foram muitos erros. Muitos. E o São Paulo se viu dependente de um goleiro sem experiência alguma em um jogo de mata-mata. Correu muitos riscos.
Nem o São Paulo e nem Thiago Couto mereciam tanto sufoco.
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