Vitor Pereira, milionário e arrogante, ainda não entendeu o Corinthians

Apenas uma vez, em 34 anos de profissão, vi um profissional de futebol ser tão arrogante em uma resposta como Vitor Pereira foi com um colega que perguntou se ele tinha medo de perder o emprego.

O treinador português disse que a pergunta só podia ser uma brincadeira. "Você sabe quanto dinheiro eu tenho no banco?". E depois disse que hoje está no Corinthians e que amanhã pode estar em outro lugar. "E quando eu quiser".

Ora, o colega - não consegui identificar - fez uma pergunta corretíssima. Ele considerou as particularidades do futebol brasileiro - só do futebol brasileiro? - em que realmente um treinador fica ameaçado quando:

1)Sofre três derrotas seguidas (100%) para o grande rival.

2) Quando a derrota impede uma aproximação da liderança. A diferença, que era de seis pontos e poderia ficar em três, chega a nove.

3) Quando a derrota vem após a eliminação na Libertadores, após outras duas derrotas

4) Quando a derrota vem alguns dias antes de um outro jogo eliminatório, agora pela Copa do Brasil, em que o Corinthians precisa reverter uma derrota de 2 x 0 contra o Goianiense.

Escrevi seis vezes a palavra derrota em 13 linhas. Foi por querer. Para enfatizar a situação de Vitor Pereira.

O mesmo Vitor Pereira que chegou a declarar que Roger Guedes não devia reclamar da posição em que estava escalado, afinal ele, Vitor Pereira, também preferia dirigir o Liverpool e estava no Corinthians.

É muita arrogância.

Não se trata de dinheiro, Vitor Pereira. O que se quer saber é se o seu trabalho está à altura do Corinthians. E das atuais necessidades do clube.

Ter uma conta milionária não faz esquecer os parcos resultados.

O torcedor corintiano não quer saber quanto você tem no banco. Ele não quer é ser freguês do Palmeiras.

Ah, mais arrogante que isso, só um ex-goleiro do Santos que respondeu à uma critica de torcedor dizendo: o que você ganha por mês, eu compro em comida para o meu cachorro.