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São Paulo cumpre metas, mas deve futebol
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O São Paulo tinha as seguintes metas para o futebol em 2022:
Copa do Brasil - Quartas de final.
Copa Sul-Americana - Final.
Brasileiro - G-6.
Paulista - Final.
E a meta maior, dependente das três anteriores: chegar à Libertadores de 2023, o que significa prestígio internacional e dinheiro no bolso. A participação na primeira fase garante 3 milhões de dólares.
O ano está terminando e os resultados estão dentro do previsto. O time cumpriu a meta chegou à final do Paulista, está com boas chances de chegar à final da Sul-Americana (meta proposta), já superou a meta da Copa do Brasil e, destoando, está longe até do G-8 do Brasileiro.
E o futebol?
Não é bom. O time completou 56 jogos no ano e quantos deles foram de alto nível? Jogos marcantes?
Vamos ver por campeonato.
Paulista: Rogério implantou rodízio para evitar contusões e o time chegou bem na fase final. Fez ótimas partidas contra Santos, São Bernardo, Corinthians e Palmeiras, mas foi amplamente dominado, de maneira vexaminosa, na última partida, goleado por 4 x 0 pelo Palmeiras.
Copa do Brasil - Passou por adversários fracos como Campinense e Manaus, sem susto e sem brilho. Levou um susto contra o Juventude, estava perdendo por 2 x 0 e conseguiu a vaga, e jogou muito bem no 1 x 0 contra o Palmeiras. E, na decisão no campo adversário, teve competência e sorte nos erros de Veiga. Uma derrota que valeu vaga. Depois, o América. 1 x 0 em casa e 2 x 2 fora, com um a menos. Dureza. Muita luta e pouca bola.
Sul-Americana - Difícil analisar, pois Rogério, acertadamente, utilizou jogadores reservas e a turma de Cotia. Dois jogos muito bons contra a Católica, inclusive jogando com dois a menos. Contra o Ceará, uma vitória, uma derrota e a vaga veio nos pênaltis.
Brasileiro - Muito mal. Tem apenas seis vitórias em 23 jogos. No primeiro turno, foram três derrotas em 19 jogos. No segundo, perdeu três das quatro que jogou. O aproveitamento é de apenas 42%. Está em 12°, atrás de Goiás e América e a quatro pontos do Santos, que fecha o G-8.
Fez poucas partidas boas: Furacão, Corinthians, Bragantino e meio tempo contra Coritiba e Avaí.
Se olharmos com otimismo o copo pela metade, pode-se dizer que apenas São Paulo e Flamengo ainda estão em três competições. Gigantes financeiros como Palmeiras e Galo, não. Pode-se dizer também que o retorno financeiro foi maior que o previsto.
Sim, mas e o futebol. Ele vem acompanhado mais de alívio do que de prazer.
Os motivos merecem uma outra análise. Vão de erros individuais, da dificuldade em matar jogos dominados - Calleri errando pênalti com Reinaldo em campo - a erros do treinador, como no jogo em Itaquera. Vencia por 1 x 0, dominava o jogo e fez três trocas no intervalo. E a demora em conseguir um zagueiro e um ponta.
O São Paulo dá mostras de ser um time bem mais forte em 2023. Mas precisa estar na Libertadores. É a meta que vale.
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