Rogério culpa jogadores e não assume erros que deixam o ano em perigo

"A expulsão pesou. Mas foi um dos piores jogos que fizemos, individualmente falando".

Assim, Rogério Ceni definiu a derrota do São Paulo para o Atlético-GO. Derrota que coloca o São Paulo em péssima situação na Sul-americana e na temporada.

O ano está indo para o ralo.

É um padrão cenista.

Rogério nunca admite um erro. Possivelmente porque nunca acha que errou. Como jogador ou treinador. Ou jardineiro ou responsável pela piscina.

O time tinha três vitórias nos últimos 15 jogos. Sem nenhuma solidez defensiva. Sofre gols em todos os jogos. O que ele deveria fazer em um jogo de 180 minutos?

Dei minha opinião bem antes do jogo.

Montar uma defesa mais forte. Um empate seria bom resultado.

Poderia fazer o que nunca faz, colocar dois volantes com mais pegada: Pablo Maia e Gabriel Neves. Igor Gomes no banco.

Não, para ele é pecado.

Se joga aberto contra o Flamengo, por que jogaria de forma mais cautelosa contra o Atlético Goianiense?

E o que faz um treinador que tem um jogador a menos? Duas linhas de quatro. Rogério, não. Continuou com Luciano adiantado, em um 4-3-2.

Mas teve outro erro. Juvenil. Infantil. Fez duas substituições aos 42 do primeiro tempo, após a expulsão de Igor Gomes. Escancarou seu plano de jogo para Eduardo Batista. Poderia esperar, pensar mais e voltar com as mudanças. No mínimo, não teria queimado uma "janela".

O São Paulo foi melhor que o Flamengo.

Perdeu.

O São Paulo foi melhor que o Fortaleza.

Perdeu

O São Paulo foi melhor que o Santos.

Perdeu.

Nitidamente há um padrão. Falta estabilidade defensiva.

Imagina, quando joga mal. Quando o goleiro Jandrei expõe toda sua fragilidade. É um dos piores da Série A.

Quando Igor Gomes leva dois amarelos em oito minutos.

Quando Diego Costa corre atrás do ponta e não consegue fazer uma falta.

Aí, é muito ruim para o São Paulo.

Aí, é muito bom para o Ceni, que tem muletas para justificar seus imensos erros.

PS - Desempenho bom só é válido quando traz resultados, a curto ou longo prazo.

O resto é parnasianismo. A arte pela arte.