São Paulo, clube que não aceita ser popular, será golpeado pelo presidente

O São Paulo tem milhões de torcedores. Talvez 20 milhões. Uma torcida apaixonada e que tem carregado o clube nas costas há um tempo. Sempre na ruim.

A boa?

Não existe há muito.

É uma torcida de pretos, brancos, ricos, pobres, periféricos, dos Jardins, uma torcida paulistana, paulista, brasileira e internacional. Torcida de machos toscos. De gays. De mulheres e homens.

Uma torcida multiétnica.

Uma torcida que grita até ficar rouca. E que nunca é ouvida. Uma torcida que conduz, mas que não pode opinar.

Uma torcida que apoia incondicionalmente. E que é boicotada diariamente.

Os diretores do São Paulo não representam a torcida. O perfil é outro. São homens e brancos em sua maioria. Homens brancos e ricos.

Homens brancos e ricos que se recusam a dar voz e voto aos torcedores. Nem aos sócios torcedores.

Homens brancos e ricos que não tem capacidade e nem vontade política de conseguir 100 mil sócios torcedores.

Toda a sua energia está voltada para proveito próprio.

Eles só pensam no golpe.

Vão tentar fazer agora o que não conseguiram há sete meses. Vão mudar o estatuto para poder continuar mandando. Para continuar sem ouvir os milhões.

São dirigentes que não estão à altura do clube. E de outros que fizeram a grandeza do clube.

O atual presidente, o que articula o golpe em proveito próprio, é o mesmo que um dia disse que o São Paulo teria, em pouco tempo, maior torcida que o Corinthians.

Demagogia pura.

Nada sério. Nada profundo.

Só perfumaria. Factóides como token. Hub. Reforma do Reffis. A maior transferência para a MLS. O valor? Segredo. O maior patrocínio de todos os tempos. O valor? Segredo. Quanto custou Galoppo? Segredo? Criptomoedas....

A torcida só é ouvida se curtir um post no Instagram.

São 20 milhões.

São apenas 40 mil sócios-torcedores.

Sem direito a voz.

Sem direito a voto.

Desprezados pela casta golpista.