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OPINIÃO

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Faltou cabeça fria ao Palmeiras e sobrou coração quente ao Furacão

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, em jogo contra o Athletico-PR pela Libertadores - Marcello Zambrana/AGIF
Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, em jogo contra o Athletico-PR pela Libertadores Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

06/09/2022 23h42Atualizada em 07/09/2022 08h04

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Cabeça fria, coração quente.

É o nome do livro de Abel Ferreira.

Murilo não deve ter lido. Felipão, sim.

O Palmeiras precisava ganhar o jogo por dois gols de diferença para chegar à terceira final seguida de Libertadores.

E fez um gol logo aos 3 minutos, com Scarpa. Na raiz da jogada, Fernandinho repetiu seu erro contra a Bélgica na Copa da Rússia.

E o Palmeiras dominou o jogo. Rony levou um empurrão/cotovelada que merecia ser analisado pelo VAR. Não foi. Só amarelo.

No final do primeiro tempo, Murilo mostrou que cabeça fria é ilusão. Fez uma falta grotesca em Vitor Roque. Amarelo. O VAR chamou. Vermelho.

O Palmeiras voltou com dez e parecia ter 12. Gustavo Gómez fez o segundo, em cobrança de lateral. Falha de Thiago Heleno e de Bento.

Bento, que salvou o terceiro em chute de Gabriel Menino.

O jogo estava dominado.

Então, o Sobrenatural de Almeida apareceu. E ungiu um novo Herói Improvável na história do futebol brasileiro. Pablo entrou e diminuiu.

Depois do gol, o Furacão teve coração quente. Passou a dominar. E Pablo, sim o Pablo, deu passe para Terans marcar, com desvio de Piquerez.

Bem, o Palmeiras de Deyverson e Breno Lopes não pode reclamar de heróis improváveis.

E Abel deve estar triste. Ele, que mostrou a Cuca como ganhar com um a mais, perdeu com um a menos. Talvez Felipão tenha visto aquela coletiva.