Dia D para Ceni: fracasso ou redenção

Uma vitória por três gols de diferença sobre o Atlético-GO levará o São Paulo para a final da Sul-Americana. Este é o tamanho do desafio de Rogério Ceni. É o que separa a possibilidade de um bom ano e o fracasso, a temporada indo para o ralo.

Rogério foi contratado há um ano. A primeira missão foi evitar o rebaixamento. Cumprida com êxito.

A segunda, para 2022, é levar o time para a Libertadores. Um feito técnico, mas também financeiro. Estar na Libertadores, financeiramente falando, é fundamental para um time extremamente endividado como o São Paulo. Um dos ativos mais importantes hoje em dia é a premiação dos campeonatos.

Havia três possibilidades: ganhar a Copa do Brasil, a Sul-Americana ou ficar entre os seis do Brasileiro.

Ou entre os oito, caso de Flamengo ou Furacão, que decidem a Libertadores, estiverem entre os seis. Ou se Flamengo, Fluminense ou Corinthians vencerem a Copa do Brasil e estiverem entre os seis.

O São Paulo está muito mal no Brasileiro, em 14°, com 30 pontos, cinco atrás do América-MG, oitavo colocado.

Na Copa do Brasil, o São Paulo precisa tirar uma desvantagem de dois gols contra o Flamengo para chegar à final. No Rio.

A melhor chance é mesmo superar o Goianiense e depois o Del Valle.

Este é o tamanho da encrenca que Rogério precisa resolver. O time vem jogando muito mal. São três vitórias nos últimos 17 jogos. Ruim no Brasileirão e pendurado nas Copas. Correndo atrás do prejuízo.

E, se não conseguir?

Não sobra nada do trabalho de Rogério?

Sobrarão atenuantes. Há mais de um ano pede um ponta rápido e nada. Contusões, suspensões, goleiros ruins (que ele indicou).

E a lembrança de alguns bons jogos. E de alguns bons momentos em outros jogos.

Mais nada.

A missão não terá sido cumprida.

E se for campeão?

Então, sua linda história no clube terá um capítulo a mais a ser contado, com um novo título internacional após dez anos.

Resultado é o que importa.

É o Dia D, Rogério.