Diniz foge da responsabilidade para justificar fracasso no São Paulo

Fernando Diniz foi ao Bem, Amigos e repetiu o que Alexandre Pássaro havia dito em uma outra entrevista: que atitudes tomadas pela então nova diretoria impactaram no rendimento do time e, em consequência, na perda do título brasileiro.

O São Paulo tinha sete pontos de vantagem. O Flamengo tinha um jogo a menos.

Nada justifica aquele desmoronamento técnico e de rendimentos.

Diniz fala em "problemas relacionais", que a diretoria não gostava da comunicação, que era importante para Diniz.

Bem, quando ele fala em problemas de relacionamento, deveria explicar o inexplicável: o assédio moral que praticou com Tchê Tchê contra o Bragantino.

Exagero?

Você conseguiria trabalhar em paz, seja qual for a sua profissão, com um superior gritando em seu ouvido?

Ah, se fosse o Felipão...

Mas Diniz é psicológo. Pode tudo.

Isso sim pode ter ajudado o time a degringolar. Pode, não tenho certeza. A certeza é que a diretoria que assumia nada tinha a ver com a atitude de Diniz.

As ofensas à Tchê Tchê são muito mais graves do que o fato de a nova diretoria não querer a permanência de Juca Pacheco no cargo.

Cito o nome de meu amigo Juca, a quem respeito e admiro, porque Pássaro já havia citado. Ora, Diniz podia gostar muito do trabalho de Juca - todos gostavam - mas o foco deveria ser total no Brasileirão.

O São Paulo começou a perder e Diniz não teve a capacidade de reagir. Trocar esquema, trocar jogador, dar ânimo à equipe...A culpa é dele. E, se a situação do Juca o preocupava, estava errado.

E antes, Diniz?

O que justifica:

Ser eliminado pelo Mirassol?

Perder para o Binacional?

Ser eliminado na primeira fase da Libertadores?

Ser minado no primeiro duelo da Sul-americana?

Fernando Diniz derrapou feio. Quem não assume seus erros, quem transfere suas culpas, não vai crescer.