Quatro motivos para Rodrygo ir à Copa do Qatar

Forçando um pouco a barra, podemos ver um raio na letra 'Y'. Ou, com certeza, um estilingue. Rodrygo - com Y - é um raio. Da turma de 2001, sucessor de tantos outros Meninos da Vila, de Coutinho, Pelé, Juari, Neymar e Ganso.

Também é um estilingue. Certeiro no alvo. É, juntamente com Raphinha e Antony, um dos garotos que fizeram Tite exultar com a mudança da regra, que permite agora levar 26 e não mais 23 jogadores à Copa.

Sem me aprofundar muito em comparações, vejo Rodrygo à frente dos outros. Cito quatro motivos para ele ir à Copa do Mundo 2022:

1) Time grande: Rodrygo tem cerca de 120 jogos pelo Real Madrid, o clube mais vencedor do mundo. Não se trata de elitismo ou preconceito, mas estar - e bem - em um time de tamanho nível ajuda o jogador a adquirir mentalidade vencedora. Quem está sempre disputando títulos está mais perto de vencer títulos.

2) Jogador de jogo grande: Rodrygo tem histórico de render bem em jogos decisivos, mesmo quando sai do banco e atua menos que os outros. Foi assim na 32° rodada do Campeonato Espanhol. Entrou no intervalo, quando seu time perdia por 2 a 0 e fez um gol com cinco minutos. O início da virada por 3 a 2.

E a semifinal da Champions, contra o City? Entrou no final e fez dois gols que levaram jogo para a prorrogação. Nas quartas, contra o Chelsea, o Real perdia por 3 x 0 e ele fez um gol, aos 80 minutos. Depois, Benzema fez outro e deu Real na prorrogação.

3) Versatilidade: Rodrygo é atacante. Ponto. Pelos lados, como ponta ou centralizado. Entra em diagonal. Vai ao fundo. Cruza bem. E define bem, inclusive de cabeça.

4) À frente da concorrência: Pelos motivos acima, vejo Rodrygo à frente de Antony e Raphinha. Pelo menos para mim, ele deveria ir à Copa do Qatar. E por quê não os três e mais Vinícius Jr? Tem lugar para todos. São jogadores que podem mudar um jogo fechado. Na Copa, é importante ter alternativas que realmente possam mudar um estilo de jogo, um modelo.