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OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Neymar, ao fazer a coisa certa, frustra neutralidade de Tite

24/10/2022 14h27Atualizada em 24/10/2022 18h08

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Adenor Bachi, o Tite, é um sujeito cauteloso. Cuida dos mínimos detalhes para que seu trabalho não seja prejudicado por fatores extracampo. Só se posiciona quando é acusado de nepotismo por causa de seu filho e auxiliar Matheus, o sem currículo.

Tite nem quis revelar a lista de 55 jogadores, de onde sairão os 26 do Qatar. Não sei o motivo. Nem imagino. Alguém vai reclamar por estar fora dos 55? Alguém será prejudicado?

E política? Tite está fora? E política partidária? Mais fora ainda. Ele avisou que não vai participar de nenhuma recepção com o presidente do Brasil. Seja o atual ou o concorrente.

Ele se arrepende de ter visitado Lula quando o Corinthians ganhou o Mundial em 2012. E Lula nem era mais presidente.

Talvez Tite pense que um posicionamento seu afaste torcedores da seleção, faça uma trinca na unanimidade.

E agora, Neymar caiu (opa) na campanha de Bolsonaro. Fez live. Disse que Bolsonaro esteve ao seu lado no pior momento de sua vida. Teria sido uma briga com Marquezine? Ou algo relacionado com impostos?

Uma escolha nada ideológica.

E Tite, que não aceita visitar o presidente, seja quem for, vê Neymar prometer uma comemoração na Copa ao presidente. Mesmo que ele não seja mais presidente? Afinal, a Copa é depois da eleição.

Eu acho a opção de Neymar errada.

Mas acho que está cedo em se posicionar. Melhor assim do que a eterna postura "nem nem" de Tite.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que foi publicado na primeira versão do texto, o nome do técnico Tite é Adenor Bachi. O erro foi corrigido.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL