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Campanha de Bolsonaro parece Almir Pernambuquinho
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Almir Pernambuquinho foi um atacante revelado pelo Sport. Chegou ao Vasco em 1955. Foi chamado, com hiperbólico exagero, de Pelé Branco.
Jogou no Corinthians, Santos e Boca Jrs, entre outros. Sempre foi agressivo e esteve metido em confusão.
No segundo jogo do Mundial de 1962, atuando pelo Santos, agrediu Amarildo, do Milan. E, depois, disse que jogou dopado.
Seu jogo mais lembrado foi a decisão do Carioca, de 1966, pelo Flamengo, contra o Bangu. Foi em 18 de dezembro.
O Bangu, que não vencia o campeonato desde 1933, precisava apenas de um empate. E Almir Pernambuquinho jurou: só haveria volta olímpica do Flamengo. Do Bangu, nem pensar.
O Bangu tinha um grande time, com jogadores como Paulo Borges, Ladeira, Aladim, Ubirajara e Fidélis. Fidelis era latetal-direito, marcador implacável. Foi para a Copa de 66. Injustiça, pois Carlos Alberto Torres ficou fora.
Bem, o Bangu dominou o jogo. Fez 2 x 0 no primeiro tempo e, com Ocimar e Aladim. E Paulo Borges marcou o terceiro, a três minutos do segundo tempo.
Mais 20 minutos e Almir Pernambuquinho começou a cumprir sua promessa. Passou a agredir jogadores do Bangu, que revidaram. Foram nove expulsos. O jogo não terminou e os 143 mil torcedores não viram a volta olímpica.
Almir, como Bolsonaro, sentiu o cheiro da derrota e melou o jogo.
A campanha de Bolsonaro bebe na mesma fonte. Ameaça o Supremo. Sem prova alguma, duvida da eficiência das urnas. Sem prova alguma, acusa Lula de ter mais inserções no rádio do que o corretor.
E pode ter alguém mais parecido com Almir Pernambuquinho do que o tresloucado Roberto Jefferson?
Tudo é uma tentativa canhestra de melar o jogo. De impedir a festa.
Não vai dar certo.
Ao contrário dos 143 mil torcedores daquele dia, o povo brasileiro não quer bagunça.
Quer paz.
E vai ter volta olímpica, sim!
PS - Acabaram as comparações, taokei? Agora, uma informação.
Almir Pernambuquinho morreu em 1973, baleado, após uma briga na Galeria Alasca, no Rio.
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