Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Quarta Academia é fake news contra a história do Palmeiras
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Eu vi.
Eu li.
Eu ouvi dizer.
O Palmeiras, em sua gloriosa história, teve times maravilhosos e que marcaram o futebol brasileiro.
O campeão da Taca Rio em 1951.
O time que venceu o Paulista de 1959 contra o Santos do Menino Rei.
O bicampeão brasileiro de 1993/94, com Edmundo e Evair.
O campeão paulista de 1996, com Rivaldo, Muller e Djalminha, sob comando de Luxemburgo. Pena que durou apenas um semestre.
O campeão da Libertadores de 1999, sob comando de Scolari.
Nenhum deles foi chamado de Academia. Poderiam até merecer - Libertadores e no Brasileiro é impressionante - mas não foram.
Vi as duas Academias.
A de 1965, comandada pelo argentino Filpo Nuñes, com Valdir, Djalma Santos, Carabina, Aldemar e Scotto (Ferrari), Dudu e Ademir, Gildo, Servílio, Tupã e Ronaldo. O time que vestiu a camisa da seleção e venceu o Uruguai por 3 x 0 na inauguração do Mineirão.
A segunda Academia é de 72/73, bicampeã brasileira. Brandão era o treinador e a escalação icônica era Leão, Eurico, Luis Pereira, Alfredo e Zeca, Dudu e Ademir, Edu, Leivinha, Cesar e Nei.
O meu amigo Paulo Vinícius Coelho me avisa que, na verdade, só houve uma Academia, a de 1965. A segunda, seria uma licença poética.
Então, sem nenhum juízo de valor - já li que Gustavo Gomez foi melhor que Luiz Pereira - não existe Quarta Academia por um motivo muito simples: não existiu a terceira.
E há um outro motivo futebolísticos: as conquistas recentes não começaram com Abel. Cuca em 2016 e Scolari em 2018. Chamar de Academia o período Abel é desprezar conquistas recentes.
Jornalistas devem ser cuidadosos sempre. Devem ser mais cuidadosos ainda em época de pós verdade.
Falar em quarta Academia é lançar fake news contra o Palmeiras.
A verdepress exagerou na dose.
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