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OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Para Rogério, o jogo é apenas um detalhe, o campo fala e ele não escuta

Rogério Ceni observa jogadores durante Fluminense x São Paulo, jogo do Campeonato Brasileiro - Thiago Ribeiro/AGIF
Rogério Ceni observa jogadores durante Fluminense x São Paulo, jogo do Campeonato Brasileiro Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

06/11/2022 09h44Atualizada em 06/11/2022 09h46

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Rogério Ceni tem um plano.

Rogério Ceni tem conceitos.

Ele os coloca em campo.

Se não der certo, azar. É só um detalhe.

Ele gosta, por exemplo, de jogo construído desde atrás. Por isso, Leo Pelé é intocável. Mesmo que tenha jogado muito mal contra o Del Valle. E contra o Botafogo, com um pênalti inexplicável no último lance, uma cobrança de lateral. Mesmo que...

E Miranda foi preterido em grande parte da temporada.

Rogério não gosta de zagueiro canhoto jogando pela direita. Então, coloca o pequenino lateral Rafinha e opta por Reinaldo, todo torto, na ala.

Zagueiro canhoto na direita não pode.

Lateral canhoto na direita, pode.

Mesmo que tenha sido um desastre no jogo anterior.

Rogério não gosta de jogar com dois volantes de marcação. Contra o Vila Braga de Aguai ou o Liverpool. É conceito.

Então, joga com Pablo Maia marcando. Igor Gomes na direita, mais meia que volante. E Patrick na esquerda.

É fácil ver o grande espaço no meio. Um latifúndio. Daniel Costa, da Portuguesa, faria a festa. Paulo Henrique Ganso? Nem precisa falar. A ligação Ganso-Cano deslizou em campo.

Se a realidade não se adapta aos planos de Rogério, azar da realidade.

Se o treinador do São Paulo fosse Sidão, Denis ou mesmo Zetti, já teria sido demitido.