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OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Bife de ouro, pensão atrasada, esquecimento de Pelé, a seleção dá nojo

Zagueiro do Real Madrid e da seleção brasileira, Éder Militão ostentou relógio de luxo em jantar - Reprodução
Zagueiro do Real Madrid e da seleção brasileira, Éder Militão ostentou relógio de luxo em jantar Imagem: Reprodução

05/12/2022 10h33Atualizada em 05/12/2022 10h33

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A cena de brasileiros, comandados por Ronaldo, se divertirem em um banquete pantagruélico, regando carne com ouro é deprimente.

Ostentação ridícula. O que adianta ser rico e ser tão brega a ponto de comer ouro? Cagar ouro, horas depois?

Jogadores que são idolatrados por famintos comem ouro.

Quem praticou essa experiência há algum tempo foi Nicolás Maduro, presidente eleito da Venezuela, outro sem noção.

São jovens. São milionários. Tudo podem.

E eu posso sentir nojo.

E comparar com Sadio Mané, que espalha escolas pelo Senegal.

Eder Militão discute a pensão para a filha e come ouro usando um relógio de 3 milhões.

Como gostar de gente assim?

Mbappé colocou nas redes sociais que está rezando por Pelé. Rivaldo também. E Neymar comunica que mudou a cor do cabelo para o jogo contra a Coreia.

O blogueiro deveria falar apenas sobre futebol? Duas ou três linhas de quatro? Encaixe curto ou longo? Fred ou ninguém?

Não dá.

Não dá para separar.

Sou um jornalista, mas também sou um cidadão.

E ver um representante de milhões de famintos mostrar ao mundo que está comendo ouro, me ofende

Seja Maduro ou Militão.

Quem ousou sonhar com alguma manifestação contra a falta de direitos humanos no Qatar, pode acordar.

Eles se dão muito bem no país em que se pode comer ouro em pó.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL