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OPINIÃO

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Rodrigo Santana deveria estar preso

Rodrigo Santana virou auxiliar técnico do Corinthians um mês após ir a ato golpista em frente a um quartel de BH - Reprodução/Instagram
Rodrigo Santana virou auxiliar técnico do Corinthians um mês após ir a ato golpista em frente a um quartel de BH Imagem: Reprodução/Instagram

06/12/2022 12h42Atualizada em 06/12/2022 14h10

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Rodrigo Santana, treinador e ativista de extrema direita, assinou com o Corinthians para ser um dos auxiliares de Fernando Lázaro. Não deveria ficar. E deveria estar preso por atividades antidemocráticas.

Ele, dois dias após a eleição que elegeu Lula, em vez de estar preparando um currículo para arrumar emprego, foi até um quartel junto com delinquentes que pediam intervenção militar. E sua conta é considerada suspeita por propagar fake news antidemocráticas.

Nem vou falar com a falta de sintonia de suas ideias com a aura que o Corinthians gosta de ressaltar de time progressista. Crença baseada na bela história da Democracia Corinthiana, de Sócrates, Casagrande, Wladimir e Juninho. Eles se esquecem de Wadhi Helou, ex-presidente do clube e que fez acusações falsas ao jornalista Wladimir Herzog.

Não, não se trata da incompatibilidade em trabalhar no Corinthians.

É muito mais grave.

Santana e tantos outros que estiveram por aí, trancando estradas, impedindo doentes de chegarem em hospitais, atrapalhando a vida de verdadeiros cidadãos de bem, pedindo desrespeito à vontade popular, implorando Ditadura Militar, deveriam estar presos. Mas, como, se o presidente é um deles, um desses extremistas.

Ao contratar Rodrigo Santana, de currículo esportivo fraco e currículo social perigoso, o Corinthians assume que a incompetência e o crime compensam.