Topo

Menon

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Sem criatividade, São Paulo perde e vai sofrer o ano inteiro

Luan Patrick tentou afastar chute de Galoppo em Bragantino x São Paulo - Reprodução/premiere
Luan Patrick tentou afastar chute de Galoppo em Bragantino x São Paulo Imagem: Reprodução/premiere

08/02/2023 21h53Atualizada em 08/02/2023 22h11

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Quem acredita em copo meio cheio, pode argumentar que é apenas o sétimo jogo do ano, mas os sinais estão dados. O São Paulo, com criatividade zero não vai perder apenas para o Bragantino (2 x 1 de virada). Vai perder muito mais. Vai sofrer o ano inteiro. Terá um ano medíocre.

Os números até podem enganar, com alto número de finalizações (poucas no alvo) e vitórias agônicas contra Ferroviária e Santo André, mas é só prestar atenção e perceber que o futebol mostrado é pobre.

Não há um jogador criativo entre os titulares. A transição é feita pelos lados do campo. Pelo meio, Luciano de esforça e não rende. E nada mais.

O que se tem é cruzamento de Wellington. E de Rato. E David tentando ganhar na força. Falta drible, falta passe, falta lançamento, falta ousadia. Magia, nem pensar. É um deserto de ideias.

A única bela jogada, surpreendente, capaz de quebrar linhas foi o belíssimo lançamento de Alan Franco para Galoppo. Magistral. Bela definição. Conexão argentina faz 1 x 0.

Alan Franco disse que é fã de Otamendi, aquele zagueiro mau como um picapau. Precisa aprender com ele a ser mais zagueiro e menos construtor. Dividir, rachar, fazer falta não é pecado.

No segundo gol, perdeu duas chances de matar a jogada. E no primeiro estava mal posicionado, permitindo a cabecada.

O São Paulo, que não cria, é um time com a zaga muito exposta. Desde o ano passado.

Os sinais estão aí. Gritantes. Berrantes. E não vejo muita margem de manobra dentro do elenco. Quem é criativo? Galoppo? Não parece também. Rodriguinho? Criança.

Vai ser um ano duro.