Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Voto de Tite ajuda a explicar fracasso do Brasil na Copa do Qatar
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Treinadores e capitães das seleções nacionais de futebol, a pedido da Fifa, escolheram o melhor jogador do ano. Lionel Messi ficou em primeiro e Kylian Mbappé em segundo.
Tite votou em Neymar, com Messi em segundo e Mbappé em terceiro. Sim, Neymar, que jogou pouco até por causa de uma contusão, foi melhor que os dois protagonistas da Copa. O cara que levou a Argentina a um Mundial após 36 anos e o artilheiro da competição.
Thiago Silva votou em Neymar também. Messi em segundo e Benzema em terceiro.
Ah, o ano não se resume ao Mundial. Ok. E o que Neymar fez de tão notável no PSG para merecer a honraria? Jogou mais que Messi, Mbappé ou Benzema?
Como justificar a votação em Neymar?
Compadrio? Precisamos votar em um brasileiro? Se for isso, por que Neymar e não Casemiro ou Vinícius Jr?
Solidariedade ao menino Ney, que passa por momentos ruins? Ora, então votassem em Daniel Alves, aquele que transcende o futebol?
Existe uma outra opção. Estarrecedora. Talvez eles considerem mesmo que Neymar foi o melhor do ano. O absurdo explicaria o fracasso brasileiro no Qatar.
E como melhor treinador, ambos votaram em Ancelotti. Tite colocou Guardiola em segundo e Walid Regragui, do Marrocos, em terceiro.
Mediocridade total. Tite, ao não votar em Scaloni, fez como a raposa da fábula, e disse que as uvas estavam verdes.
Não aceitou votar no campeão do mundo —coisa que ele nunca será— e no cara que ganhou a Copa América no Brasil.
Ainda bem que acabou a era Tite! Que o próximo treinador não seja um Neymarzete.
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