Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
O Palmeiras, quem diria, também dá vexame
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O trabalho do Água Santa é digno de todos os elogios. Não chegou às quartas do Paulistão de repente, como o Ituano. Foi fruto de um trabalho consistente que o levou a ter 23 pontos, como o São Paulo.
O que não impede de sua vitória por 2 x 1 ser um vexame do Palmeiras. Dois vexames, aliás.
O primeiro, localizado. O time jogou muito mal, principalmente na defesa. Muito desatento, com passes errados em profusão. Os dois gols do Água Santa - com todos os méritos para o artilheiro Bruno Mezenga - nasceram de erros do Palmeiras: Zé Rafael sendo desarmado como uma criança na creche e Weverton mandando um tijolo para Marcos Rocha.
O segundo vexame é por definição: time grande, gigante, como é o Palmeiras não pode perder partida eliminatória para time pequeno. Se foi - e como foi - vexame do São Paulo cair nos pênaltis, por que não seria do Palmeiras, que cedeu muitas chances ao Água Santa?
Foi tão vexame que Abel Ferreira não deu chilique com a arbitragem.
Os títulos recentes do Palmeiras o caracterizaram como time que não erra nos momentos decisivos. Não é o Galo perdendo para o Atlético, o São Paulo para o Água Santa ou o Corinthians para o Ituano. Agora é.
Sabe o que não é vexame? Ser eliminado em casa para o São Paulo ou o Furacão.
Acredito que o Palmeiras será campeão paulista. Dará a volta. Mas é preciso dizer que jogou mal contra São Bernardo.
Não adianta ter raiva de quem pôe o dedo na ferida. É muito mais honesto do que jornalistas que se vestem de verde e surfam na onda vitoriosa. Principalmente os que chamam de animais quem crítica o Palmeiras e cheerleaders que chegam a dizer que vivemos uma época maravilhosa por poder ver Messi e Endrick ao mesmo tempo.
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