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Danilo tem atitude covarde diante do racismo

Danilo e demais jogadores da Juventus comemoram vitória da equipe sobre a Fiorentina, pela Copa da Itália - Jennifer Lorenzini/Reuters
Danilo e demais jogadores da Juventus comemoram vitória da equipe sobre a Fiorentina, pela Copa da Itália Imagem: Jennifer Lorenzini/Reuters

05/04/2023 14h15Atualizada em 05/04/2023 18h43

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Danilo, da seleção brasileira e da Juventus, perdeu uma grande oportunidade de ficar calado diante de um assunto tão sério como é o racismo.

O caso envolve o belga Lukaku, da Internazionale. No grande clássico do futebol italiano, ele foi chamado de macaco - com palavras e gestos - quando foi bater um pênalti.

Bateu.

Marcou.

Mandou a torcida calar a boca.

Levou o segundo amarelo.

Foi expulso.

Há muitas maneiras de se analisar o caso. O juiz deveria punir algum torcedor? Tem como fazer isso? Lukaku estava sob violenta emoção? Seu ato deveria ser relevado. O racismo ganha forca com a decisão do árbitro. O que a Uefa e a Fifa vão fazer? O que deveriam fazer?

Danilo passou ao largo de todas as questões. Preferiu se ater à fria letra da Lei. O juiz está certo, disse.

Nenhuma palavra sobre o ato racista de seus torcedores.

Depois, foi às redes sociais e se declarou antirracista. Sim, depois. Na hora em que o ato racista ocorreu, ficou caladinho e foi apoiar a decisão burocrática do árbitro.

Poucos jogadores brasileiros se manifestam ou tomam atitude contra o racismo. Preferem responder com dancinhas, como Vinícius Jr, ou comendo a banana que lhe foi atirada, como Daniel Alves, suposto estuprador.