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Materazzi e Deyverson, duas figuras caricatas do futebol
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Um lance pode render muito na carreira de um jogador. O seu passaporte para o sucesso. Mesmo que sejam lances fortuitos e não o fruto de uma carreira constante.
Foi assim com Deyverson e Materazzi.
O erro de Andreas Pereira foi a glória de Deyverson. Tomou a bola, avançou alguns metros, fuzilou o goleiro do Flamengo e foi campeão da Libertadores.
Gol de centroavante. Gol que o deixou nas graças da torcida. Gol insuficiente para que o Palmeiras renovasse seu contrato.
Como ficar com um centroavante de poucos gols, várias expulsões - uma delas por cuspir na cara de um adversário - e um comportamento de lutador de telecatch, caindo a todo momento, fingindo haver sido agredido.
Agora, no Cuiabá, Deyverson vive falando ainda de seu gol. Ironiza o Flamengo e vai tocando a vida.
Pelo menos, em seu caso o presente recebido dos deuses do futebol foi um gol.
E Materazzi?
Uma cabeça final da Copa de 2006, Zinedine Zidane, o gênio francês, lhe deu uma cabeçada na prorrogação da final entre Itália e França.
A Itália foi campeã.
Materazzi ainda ganhou a Liga dos Campeões em 2010, com José Mourinho e a Inter, mas... ainda vive da cabeçada que levou. Dezessete anos depois, está contando - uma vez mais - que ofendeu a irmã de Zidane. É fácil imaginar o grau de machismo e xenofobia contidos em uma ofensa a uma mulher imigrante da Argélia.
Materazzi, campeão do mundo. Lembrado por uma cabeçada.
Deyverson, campeão da Libertadores, lembrado pelo gol que valeu o título. Um gol que foi insuficiente para apagar seu comportamento ridículo, entre cuspidas e fingimentos.
ntrato
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