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OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Materazzi e Deyverson, duas figuras caricatas do futebol

09/04/2023 11h53Atualizada em 11/04/2023 12h25

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Um lance pode render muito na carreira de um jogador. O seu passaporte para o sucesso. Mesmo que sejam lances fortuitos e não o fruto de uma carreira constante.

Foi assim com Deyverson e Materazzi.

O erro de Andreas Pereira foi a glória de Deyverson. Tomou a bola, avançou alguns metros, fuzilou o goleiro do Flamengo e foi campeão da Libertadores.

Gol de centroavante. Gol que o deixou nas graças da torcida. Gol insuficiente para que o Palmeiras renovasse seu contrato.

Como ficar com um centroavante de poucos gols, várias expulsões - uma delas por cuspir na cara de um adversário - e um comportamento de lutador de telecatch, caindo a todo momento, fingindo haver sido agredido.

Agora, no Cuiabá, Deyverson vive falando ainda de seu gol. Ironiza o Flamengo e vai tocando a vida.

Pelo menos, em seu caso o presente recebido dos deuses do futebol foi um gol.

E Materazzi?

Uma cabeça final da Copa de 2006, Zinedine Zidane, o gênio francês, lhe deu uma cabeçada na prorrogação da final entre Itália e França.

A Itália foi campeã.

Materazzi ainda ganhou a Liga dos Campeões em 2010, com José Mourinho e a Inter, mas... ainda vive da cabeçada que levou. Dezessete anos depois, está contando - uma vez mais - que ofendeu a irmã de Zidane. É fácil imaginar o grau de machismo e xenofobia contidos em uma ofensa a uma mulher imigrante da Argélia.

Materazzi, campeão do mundo. Lembrado por uma cabeçada.

Deyverson, campeão da Libertadores, lembrado pelo gol que valeu o título. Um gol que foi insuficiente para apagar seu comportamento ridículo, entre cuspidas e fingimentos.

ntrato

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que foi informado no texto, a Inter de Milão conquistou a Liga dos Campeões de 2009/10, e não a de 2008/09. O erro foi corrigido.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL