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OPINIÃO

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Jorge Jesus não é garantia de nada

Jorge Jesus sobre a Seleção: "Quem não gostaria de treinar o Brasil?" - Getty Images
Jorge Jesus sobre a Seleção: "Quem não gostaria de treinar o Brasil?" Imagem: Getty Images

11/04/2023 11h42Atualizada em 11/04/2023 11h44

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A demissão anunciada se concretizou. Vitor Pereira deixa o Flamengo e tem mais R$ 15 milhões para cuidar da saúde da sogra. Como ficar com um treinador que perde a Recopa para o Palmeiras, a Recopa Sul-americana para o del Valle, o Mundial para o Al Hilal (o sonho de vencer o Real Madrid virou pesadelo) e a Taca Guanabara e o campeonato carioca para o Fluminense, estando em vantagem na partida decisiva?

O primeiro nome a ser procurado pelo Flamengo é Jorge Jesus, o comandante do maravilhoso time de 2019. Foi um encontro perfeito. Jorge Jesus nunca dirigiu um elenco tão forte, um clube tão grande e o Flamengo, desde os tempos de Zico não jogava um futebol tão bonito.

É natural que o Flamengo queira reatar. É normal o grande número de viúvas de Jesus e de "jesuítas".

"A História de repete. A primeira vez como tragédia. A segunda, como farsa", disse Karl Marx. A primeira passagem de Jesus está longe de soar como tragédia - muito pelo contrário - mas a segunda pode, sim, ser uma farsa.

Foi assim com Cuca no Palmeiras e no Atlético-MG. Não há garantia de nada. Deixando o velho Marx de lado, podemos recorrer a um velho ditado popular: "figurinha repetida não completa álbum".

Jorge Jesus, se vier, sofrerá com a sombra de Jorge Jesus, como Torrent, Ceni, Paulo Souza, Dorival Junior e Vitor Pereira.