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OPINIÃO

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Pato significa scout que não funciona e má safra na base

Dorival Júnior abre o jogo sobre Alexandre Pato no São Paulo - GettyImages
Dorival Júnior abre o jogo sobre Alexandre Pato no São Paulo Imagem: GettyImages

09/05/2023 10h31Atualizada em 09/05/2023 10h39

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Alexandre Pato é um grande exemplo de jogador "viúva Porcina", da obra do genial escritor Dias Gomes. Aquela que foi sem nunca ter sido.

Apareceu no Inter com 17 anos e a dúvida era quando chegaria à seleção. Por quanto tempo ficaria e quantas Copas jogaria.

As contusões e um certo deslumbramento com a carreira e a vida - disse sonhar com o tapete vermelho do Oscar - impediram que os sonhos se concretizassem.

Agora, aos 33 anos, recuperando-se de contusão no São Paulo, surge como uma opção de bom e barato. Quem diria! Está quase tudo certo para sua terceira passagem pelo clube.

Pode dar certo. É um jogador técnico, bem mais que Luciano, Erison ou Calleri.

Pode dar certo, mas fica a impressão do Dia da Marmota, de looping eterno. De falta de criatividade. Até quando as mesmas velhas e batidas soluções que nada solucionam?

O São Paulo tem um departamento de scout. Há alguns anos descobriu Arboleda em um clube pequeno do Equador. Depois, apenas indicações que poderiam ser feitas por um grupo enorme de pessoas, um número capaz de lotar o seu, o meu, o nosso Pacaembu.

E a base? Não tem um centroavante melhor? Historicamente, Cotia não revela bons centroavantes. Eu me lembro de Ademilson e Brenner.

Atualmente, há Juan na Barra Funda, Talles Wander e Maioli em Cotia. Juan não seduziu Ceni e nem Dorival. E os dois da base disputam posição em um time que ficou em 18° lugar no Brasileirão.

Que o Pato chegue com um estilo mais de briga e menos zen.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL