Fernando Diniz faz comentário preconceituoso sobre futebol na Bolivia

Para os fãs de Fernando Diniz, ele é muito mais que um grande treinador. Também é um humanista, um psicólogo, alguém muito diferenciado no entendimento do que é o futebol.

Nos últimos dias, ele tem fraudado essa louvação toda. Empatou com o Flamengo? Reclamou do árbitro? Perdeu para o Botafogo? Reclamou do árbitro. E, agora, foi muito pior na Bolívia.

Perdeu para o Strongest e disse que é criminoso jogar em La Paz. Que é outro esporte.

As palavras de Diniz são criminosas, isso sim. Elas atacam a universalidade do futebol, o único esporte praticado indistintamente em todo o mundo, no calor africano, no Alasca, no Vaticano e em La Paz, Oruro, e outas cidades altas.

A altitude favorece os times bolivianos? Sim, sem dúvida. Prejudica os adversários? Sim, sem dúvida.

Qual a solução?

Cabe aos adversários buscar, descobrir. Viajar uma semana antes. Viajar na hora do jogo. Ah, não dá tempo. São muitos jogos. Então, a culpa é do calendário. Nunca dos bolivianos.

Se joga onde se vive.

Simples assim.

O Strongest, o Bolívar, o Always Ready e outros clubes de cidades com altitude são representantes da paixão popular. Têm milhares de torcedores, gente que, como em qualquer lugar do mundo, faz de tudo para ver seu time jogar.

Dizer que é um crime jogar lá significa privar esses torcedores de poder ver a razão de seu amor em campo.

Sabe o que ajudaria a enfrentar a altitude? Não levar gol de escanteio com quatro minutos de jogo. Aí, não precisava correr atrás e seria possível um ritmo mais lento.

O próximo jogo do Fluminense será contra o Corinthians em Itaquera. Time de Diniz é favorito. Se perder, vai ter desculpa?