Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Futebol feminino cresceu e merece análise sem rancor ou coitadismo
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A partida entre São Paulo e Palmeiras pelo Brasileirão feminino passou na Globo e teve 13 pontos de audiência. Um número que trouxe análises divergentes:
1) Foi maior que Masked Singer, o programa de Ivete Sangalo, que o antecedeu. Foi líder de audiência.
2) O Palmeiras x São Paulo masculino da semana anterior teve 23 pontos. Então, houve uma queda de 40% com o futebol feminino.
Os dois fatos são verdadeiros e causaram muita discussão.
Muita gente comemorou o que considerou fracasso.
E foram chamados de frustrados sexuais.
Não é possível uma análise sem rancor. Não gosta? Não vê. Tem outras opções.
E é difícil entender que é possível não gostar?
É difícil aceitar que as torcidas de São Paulo e Palmeiras não sabem a escalação completa de seus times femininos.
Esporte é dinheiro. Se a Globo achar que 13 pontos está bom e que pode crescer, vai cobrir com mais constância o futebol feminino. Se achar que foi um fracasso, vai tirar o pé.
Ela não tem a obrigação de apostar na cobertura para dar uma forca, para incentivar. Seria bom para o futebol feminino, mas não é assim que a banda toca.
O futebol feminino terá agora a sua Copa. Na última, toda a cobertura foi "cooperativa". As jogadoras não eram criticadas nunca. Nunca erravam. Eram heroínas fazendo o melhor.
Agora, mudou. Há mais campeonatos no Brasil, maior cobertura etc. Já é possível mudar de patamar. Já se pode dizer que fulana está mal e que sicrana deve entrar.
O futebol feminino merece cobertura isenta. Sem machismo e preconceito, mas também sem criticar Getúlio Vargas, que proibiu a prática do esporte nos anos 40, por eventuais derrotas.
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