VAR está deixando "bandeirinhas" omissos no campo
Existe uma enorme diferença entre jogada violenta, ato de hostilidade e agressão. O que o jogador do Cruzeiro Edilson fez em Nico Lopez, do Internacional, foi agressão. Acertou intencionalmente o antebraço/cotovelo na boca do adversário, desprezando a possibilidade de jogar a bola. Priorizou explicitamente a agressão. Se a Justiça Desportiva brasileira fosse séria, o lateral do Cruzeiro não faria o que fez temendo uma punição rigorosa.
O VAR está deixando, por orientação ou vontade própria, os assistentes muito omissos. Os populares "bandeirinhas" não estão marcando impedimentos em lances visíveis a olho nu. Quando a jogada termina em gol o erro pode ser corrigido pelo VAR mas, se for escanteio, um gol pode ser validado de uma jogada irregular.
No jogo Fluminense 0 x Botafogo 1, o assistente Anderson Coelho acertou ao anular os dois gols marcados pelo Tricolor. Luciano estava impedido na cobrança de falta de Ganso e o toque na barreira não tirou o impedimento. No gol de Matheus Ferraz, o primeiro cabeceio do Pedro foi irregular, o atacante estava impedido.
O placar do jogo Santos 3 x Vasco 0, poderia ter sido diferente se o gol de Maxi López fosse validado. Corretamente, o impedimento do atacante vascaíno foi observado e marcado.
As manifestações pós-jogo Corinthians 0 x Grêmio 0, por parte de técnicos e dirigentes das duas equipes, foram tão ridículas quanto o futebol apresentado. O VAR salvou o árbitro Marcelo de Lima Henrique que, equivocadamente, marcou pênalti para o Grêmio de bola no antebraço de Fagner. O lance foi anulado e o árbitro criticado por gremistas e corintianos.
Após rever as imagens no monitor o árbitro reiniciou, corretamente, o jogo com bola ao chão para o goleiro corintiano Cássio. Mesmo que o jogo tenha sido interrompido com a bola nos pés de um jogador do Grêmio, o novo texto da regra legaliza a decisão do árbitro.
"Se, quando o jogo foi paralisado, a bola restava na área penal ou o último toque na bola foi dentro da área penal, o bola ao chão será somente para o goleiro da equipe defensora". Está na regra, e jogadores, técnicos, dirigentes e comentaristas, principalmente, já deveriam estar sabendo para não se exporem ao ridículo.
Eu não confio em sorteio nem quando sou contemplado.
Parabéns Sidão, teu silêncio foi mais importante do que as palavras pensadas e não proferidas.
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