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Oscar Roberto Godói

VAR está deixando "bandeirinhas" omissos no campo

O árbitro Marcelo Aparecido durante jogo entre Fluminense e Botafogo, no Maracanã, pelo Brasileirão 2019 - Thiago Ribeiro/AGIF
O árbitro Marcelo Aparecido durante jogo entre Fluminense e Botafogo, no Maracanã, pelo Brasileirão 2019 Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

13/05/2019 14h45

Existe uma enorme diferença entre jogada violenta, ato de hostilidade e agressão. O que o jogador do Cruzeiro Edilson fez em Nico Lopez, do Internacional, foi agressão. Acertou intencionalmente o antebraço/cotovelo na boca do adversário, desprezando a possibilidade de jogar a bola. Priorizou explicitamente a agressão. Se a Justiça Desportiva brasileira fosse séria, o lateral do Cruzeiro não faria o que fez temendo uma punição rigorosa.

O VAR está deixando, por orientação ou vontade própria, os assistentes muito omissos. Os populares "bandeirinhas" não estão marcando impedimentos em lances visíveis a olho nu. Quando a jogada termina em gol o erro pode ser corrigido pelo VAR mas, se for escanteio, um gol pode ser validado de uma jogada irregular.

No jogo Fluminense 0 x Botafogo 1, o assistente Anderson Coelho acertou ao anular os dois gols marcados pelo Tricolor. Luciano estava impedido na cobrança de falta de Ganso e o toque na barreira não tirou o impedimento. No gol de Matheus Ferraz, o primeiro cabeceio do Pedro foi irregular, o atacante estava impedido.

O placar do jogo Santos 3 x Vasco 0, poderia ter sido diferente se o gol de Maxi López fosse validado. Corretamente, o impedimento do atacante vascaíno foi observado e marcado.

As manifestações pós-jogo Corinthians 0 x Grêmio 0, por parte de técnicos e dirigentes das duas equipes, foram tão ridículas quanto o futebol apresentado. O VAR salvou o árbitro Marcelo de Lima Henrique que, equivocadamente, marcou pênalti para o Grêmio de bola no antebraço de Fagner. O lance foi anulado e o árbitro criticado por gremistas e corintianos.

Após rever as imagens no monitor o árbitro reiniciou, corretamente, o jogo com bola ao chão para o goleiro corintiano Cássio. Mesmo que o jogo tenha sido interrompido com a bola nos pés de um jogador do Grêmio, o novo texto da regra legaliza a decisão do árbitro.

"Se, quando o jogo foi paralisado, a bola restava na área penal ou o último toque na bola foi dentro da área penal, o bola ao chão será somente para o goleiro da equipe defensora". Está na regra, e jogadores, técnicos, dirigentes e comentaristas, principalmente, já deveriam estar sabendo para não se exporem ao ridículo.

Eu não confio em sorteio nem quando sou contemplado.

Parabéns Sidão, teu silêncio foi mais importante do que as palavras pensadas e não proferidas.

Oscar Roberto Godói