Topo

Oscar Roberto Godói

Rodada tranquila para arbitragem. Só não entendi o cartão para Felipe Melo

Felipe Melo durante Palmeiras x Sampaio Correa - Marcello Zambrana/AGIF
Felipe Melo durante Palmeiras x Sampaio Correa Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

31/05/2019 08h49

A rodada do meio da semana foi tranquila para a arbitragem e, principalmente, para a turma que opera o VAR. O Fortaleza venceu o Botafogo-PB na Paraíba e conquistou, pela primeira vez, a Copa Nordeste. O árbitro Caio Max, ainda com pouca rodagem, se saiu bem e foi feliz já que não tivemos lances complicados de interpretação divergente.

O Bahia eliminou o São Paulo da Copa do Brasil e o experiente árbitro Marcelo de Lima Henrique também apitou com discrição e correção. Quando precisou da tecnologia, acertou. Expulsou corretamente o zagueiro Arboleda, do São Paulo. O gol da vitória baiana poderia ter sido anulado se não tivéssemos o VAR em ação.

Pela mesma competição o Palmeiras venceu o Sampaio Correia em São Paulo, 2 a 0, também sem transtornos para o árbitro Jean Pierre. Só não entendi o cartão amarelo que mostrou para Felipe Melo. Teria sido por reclamação? Nem falta deveria ter sido marcada no lance em que o palmeirense disputa a bola. É o tipo do lance que se acontece dentro da área, o pênalti não é marcado.

O Internacional eliminou o Paysandu ganhando no Pará, 1 a 0. O VAR também acertou em anular um gol do Inter por impedimento. Na sequência da competição deveremos ter o famoso e acirrado Gre-Nal, já que o Grêmio derrotou o Juventude por 3 a 0 e o VAR foi consultado pelo árbitro Vagner Magalhães para marcar um pênalti para o Tricolor que acabou sendo defendido pelo goleiro do Juventude.

O que estamos percebendo em determinadas situações é a perda de tempo demasiada para chegar a uma conclusão. Corrigindo isso, o jogo, mesmo interrompido, não perderá tanta dinâmica. E, mais importante, o tempo perdido com as paralisações precisa ser compensado corretamente.

Outro detalhe importante é o árbitro ter personalidade para manter sua decisão inicial. Estar bem colocado em campo para enxergar o lance na velocidade real e não ficar usando o VAR para mudar completamente, totalmente, a primeira interpretação. O VAR é um auxiliar a mais e não pode apitar o jogo por si ou pelo árbitro do campo.

Fim de semana com grandes clássicos no futebol brasileiro e, com certeza, aqueles times que já se sentem com a corda no pescoço vão chiar mais contra qualquer decisão da arbitragem que não lhe for favorável.

Oscar Roberto Godói