Árbitros deveriam utilizar o VAR também para punir encenações de falta
No jogo em que o Cruzeiro eliminou o Fluminense na Copa do Brasil nas cobranças de pênaltis, prestei muita atenção no comportamento do árbitro Rafael Traci no lance que terminou no segundo pênalti para o Cruzeiro, durante o tempo normal de jogo.
As reações do árbitro mostraram bem o conflito existencial na relação entre o ser humano e a máquina, a tecnologia. Ele viu o toque do Caio Henrique em Lucas Romero ou não? Viu e entendeu que não foi falta? Viu e, na dúvida, deixou o jogo prosseguir até uma interrupção para observar o VAR?
Vejam só quantas coisas passam pela cabeça do árbitro antes de tomar uma decisão, enquanto a bola rola e os jogadores e comissões técnicas pressionam para que o jogo prossiga ou seja interrompido.
Coisa de louco! E a torcida xingando se a dúvida é a favor da "nossa casa".
Entendi que o toque do jogador do Fluminense no cruzeirense não foi suficiente para ser considerado faltoso. Lucas Romero ao ser tocado se joga, demonstrando claramente que não quis prosseguir jogando a bola que estava sob o seu controle. Embora falta deva ser marcada pela ação e não pela reação, ficou bem claro para mim que o pênalti não deveria ter sido marcado. Com ou sem VAR.
Santos e Atlético-MG realizaram outro confronto eliminatório na Copa do Brasil e o clube paulista levou a pior. Tivemos um lance interessante onde tudo aquilo que o árbitro Bruno Arleu de Araújo viu num primeiro momento, foi radicalmente modificado quando o VAR foi utilizado.
O jogador Zé Welison foi expulso com cartão vermelho, direto, por ter atingido o rosto do adversário Marinho. Diante das reclamações dos mineiros e advertido pelos árbitros do VAR, Bruno Arleu cancelou o cartão vermelho e mostrou apenas o amarelo que, pelo que pode ser observado no monitor, também foi exagerado.
Porém a atitude mais grave não foi punida. A encenação do jogador santista, que acabou induzindo o árbitro ao erro, passou em branco. Deveria ter levado cartão amarelo.
Já que os árbitros estão utilizando o VAR para modificarem completamente as decisões iniciais, que as encenações e fingimentos também sejam punidos com o mesmo rigor. As falsas contusões estão exageradas e atrapalhando o andamento do jogo com a visível e irritante conivência dos árbitros de campo e do VAR.
Pau neles!
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