Técnicos estão mais preocupados em encher árbitros do que comandar time
Um time de futebol bem treinado não precisa que seu técnico fique o tempo todo na área técnica se movimentando. Quando gesticula, sai do espaço, invade o campo, ele dá um trabalho imenso para o quarto árbitro. Infelizmente, tudo isso acontece com a conivência do árbitro principal, que vê, ouve e faz de conta que não está acontecendo nada.
O técnico da seleção uruguaia, Óscar Tabárez, mostra bem como é possível comandar e ser obedecido sem infringir as regras nem fazer jogo de cena para que o torcedor pense que ele está trabalhando pra caramba.
No futebol brasileiro, os técnicos enchem mais o saco da arbitragem do que orientam seus jogadores. Reclamam, contestam as marcações do árbitro ou dos assistentes e taticamente o time continua uma porcaria em campo.
Nosso árbitro Anderson Daronco, em sua primeira participação na Copa América, mostrou o quanto a arbitragem brasileira está insegura e sem personalidade em campo. Foi o primeiro árbitro a ficar o tempo todo conversando com o pessoal do VAR e, quando teve que punir disciplinarmente errou ao mostrar primeiro o cartão amarelo para Quintero, precisando corrigir com o auxílio do VAR e, corretamente, anulando o amarelo para mostrar o vermelho ao jogador equatoriano.
Durante a paralisação do Brasileirão a CBF vai intensificar o treinamento dos árbitros que atuam no comando do VAR. Alguns precisam completar as horas que a Fifa exige de manuseio do equipamento. Enquanto os árbitros ficam sob o comando de Sergio Corrêa, responsável pelo VAR, os demais poderiam entender melhor o que quer Leonardo Gaciba, comandante da arbitragem nacional.
Talvez uma das razões do nosso VAR provocar tanta discussão, seja esse comando duplo e tão diferente de personalidades e caráter. O árbitro que recebe orientação quando está no VAR é o mesmo árbitro que estará em campo obedecendo outro comandante.
É mole?
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