Argentinos têm razão em reclamar da falta do uso do VAR contra o Brasil
O futebol é um esporte, mas também é um jogo e, sendo assim, não importa os meios pelos quais se consegue o resultado, os "finalmentes". Essa é a mentalidade, esse é o objetivo: ganhar, vencer. O resultado final nem sempre é justo, merecido ou honesto.
Como estaria se comportando o torcedor brasileiro se nossa seleção fosse eliminada da Copa América pela Argentina, nas mesmas condições em que se deu a vitória brasileira por 2 a 0? O pênalti cometido por Daniel Alves em Agüero e ignorado pela arbitragem deveria ter sido, pelo menos, observado no monitor do VAR pelo árbitro equatoriano Roddy Zambrano.
O Brasil vencia por 1 a 0 e, na sequência da própria jogada, num rápido contra-ataque onde Gabriel Jesus não quis falta nem pênalti, os brasileiros fizeram 2 a 0. Se o pênalti para os argentinos fosse marcado com o auxílio do VAR o placar poderia ter se transformado de 2 a 0 para 1 a 1, mesmo sabendo que pênalti não é sinônimo de gol com a evolução técnica dos goleiros, diante dos péssimos chutadores que temos.
Os argentinos reclamam, com razão, do VAR não ter sido consultado. O que teria acontecido? Como foi o diálogo entre o árbitro uruguaio Leodan Gonzales, responsável pelo VAR, e Zambrano? Por muito menos, na própria competição, o equipamento tecnológico foi utilizado.
Tivemos um outro lance que, também, deveria ter sido observado no monitor pelo árbitro do campo, independentemente se mudaria ou não sua interpretação inicial, que foi o contato físico entre Arthur e Otamendi, dentro da área brasileira e que poderia ter sido interpretado como falta e consequente pênalti para os argentinos. Entendo que a ação de Arthur foi faltosa.
Outra vez a mesma curiosidade: como foi o diálogo do árbitro do VAR com Zambrano?
Com choro ou não, com razão ou sem o Brasil decide o título contra o Peru e, surpreendentemente para mim, a Conmbebol escalou o chileno Roberto Tobar. Sabemos que existe muita rivalidade e disputas históricas entre Peru e Chile, na bola ou na diplomacia, além do Chile ter sido eliminado da Copa América pelo Peru.
Para quem almeja apitar o jogo final é muito bom que a seleção do seu país seja eliminada e não importa por quem. Porém, antes de árbitro o camarada é um cidadão e, tomara que Roberto Tobar consiga se manter isento e saiba utilizar corretamente o VAR, tecnologia que chegou ao futebol para que os resultados sejam menos desonestos.
Decisão de terceiro lugar só é motivante quando envolve coadjuvantes. Argentina e Chile, candidatos ao título, fazem um clássico fúnebre pelo terceiro lugar com arbitragem paraguaia de Mario Diaz de Vivar.
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