Pênalti marcado para o Flamengo na vitória sobre o Grêmio gera indignação
Exercendo o direito de raciocinar com a experiência de ter sido um árbitro atuante e conhecendo os bastidores do futebol brasileiro, não posso aceitar, sem me indignar, a decisão do árbitro Raphael Claus em marcar aquele pênalti da bola no braço do Léo Moura, na vitória do Flamengo contra o Grêmio por 1 a 0, gol de Gabriel cobrando o referido pênalti.
O único lance de bola na mão ou no braço do defensor que a Fifa recomenda, ensina, ilustra e determina que os árbitros não devem marcar falta é na situação em que o defensor está utilizando o braço para amortecer, fisicamente e mecanicamente, a queda do corpo no gramado. Independentemente do benefício que possa ter.
Conhecido por ser um dos poucos árbitros ou o único, no Brasil, que não gosta do auxílio do VAR para corrigir erros de interpretação, Claus desperta, com a decisão errada mantida, a dúvida se foi incompetente ou obediente? Omissão ou missão?
Talvez, por ser paulista e trabalhar num jogo que interessava o paulista Palmeiras, poderia estar pressionado para não tomar decisões duvidosas contra o clube carioca, evitando assim, insinuações maldosas ou punições drásticas? No mesmo jogo, acertou em não marcar pênalti para o Grêmio quando a bola tocou no corpo de Renê e depois na mão. Também expulsou corretamente o atacante Gabriel por tê-lo aplaudido ironicamente.
Coincidentemente, já que a escala é feita por sorteio, sem manipulação, um paulista apitou o jogo do Flamengo e um carioca, Bruno Arleu, apitou o jogo do Palmeiras. Toma lá dá cá é o nome de uma série humorística que ainda pode ser assistida na televisão brasileira. Qualquer semelhança é mera coincidência.
Como estaria o sentimento do torcedor brasileiro se o México tivesse conquistado o título do Mundial sub-17, favorecido por um pênalti como aquele que foi marcado para o Brasil empatar o jogo em 1 a 1 com os mexicanos e, posteriormente, fez 2 a 1 e ficou com o título?
O atacante brasileiro Veron fez o passe e sofreu falta que só deu para ver no VAR. Ele não participou da sequência da jogada que foi finalizada pelo companheiro com chances de gol. A ação faltosa do mexicano não atrapalhou o Brasil nem beneficiou o México.
Para revolta dos jovens mexicanos o árbitro marcou pênalti, dando ao selecionado brasileiro a segunda oportunidade para empatar o jogo e Kaio Jorge não desperdiçou. O predestinado Lázaro fez o gol da vitória, 2 a 1.
Continua sendo irritante a atitude do assistente que não marca impedimento escandaloso no momento do lançamento, deixando a jogada prosseguir e, após a conclusão, sendo gol ou não, ergue a bandeira.
Impedimento escandaloso só não marca quem é incompetente ou omisso.
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