Moeda de troca? Quem era Claudinho no Corinthians antes de brilhar pelo RB
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"Toda vez que vejo o Claudinho jogando penso: Deus do céu, como ninguém viu isso? Poxa vida, como ele não ficou no Corinthians. Baita jogador". As afirmações em tom de lamento são de Flávio Adauto, diretor de futebol do Corinthians na ocasião em que o meia deixou o alvinegro paulistano como moeda de troca. O ex-dirigente trabalhava ao lado de Alessandro, que acaba de voltar ao clube como gerente de futebol.
Tanto na chegada como na saída, Claudinho, hoje um dos destaques do Brasileirão pelo Red Bull Bragantino, pode ser descrito como um jogador barato em sua passagem pelo Corinthians.
Artilheiro do time de Bragança no Campeonato Brasileiro, com 11 gols, o meia teve poucas chances em Itaquera. Chegou livre de contrato com outro clube (o vínculo com o Santos havia acabado), o que reduziu custos. Depois, foi usado como moeda de troca na contratação de Clayson, então na Ponte Preta, e no ano passado rendeu R$ 1,5 milhão na venda de 50% dos direitos que ainda pertenciam ao Corinthians.
A curta história de Claudinho no time paulistano começou em 2015. Ele tinha se destacado na base do Santos, mas não renovou contrato e ficou livre para ir para o rival aos 18 anos.
Entre 2015 e 2016, Claudinho chegou a fazer parte do elenco comandado por Tite, mas quase não teve oportunidade. O site "oGol" registra apenas um jogo dele com o time principal.
Em 2017, após seguidos empréstimos, o Corinthians usou Claudinho como parte do pagamento pela compra de 40% dos direitos de Clayson, que tinha se destacado pela Ponte.
Na ocasião, o time de Campinas ficou ainda com Léo Artur, da base corintiana e recebeu uma quantia em dinheiro.
O balanço do Corinthians de 2019 aponta que a aquisição de 40% dos direitos de Clayson custou R$ 4.375.000. O documento, porém, diz que pode haver também gastos com luvas nesse montante. Em janeiro do ano passado, sem revelar valor, o clube do Parque São Jorge anunciou que vendeu 20% dos direitos de Clayson e manteve outros 20%.
Adauto afirmou não lembrar dos detalhes da transferência e nem de Claudinho no clube. Ele assumiu a diretoria de futebol quando o meia já vivia uma rotina de empréstimos.
"Parece que na base ele não teve notoriedade e não estava no planos do Carille (para a temporada)", declarou o ex-dirigente.
Adauto disse que Alessandro poderia falar melhor sobre a negociação. No entanto, o gerente de futebol não atendeu à ligação do blog e não respondeu à mensagem de texto enviada sobre o assunto.
Na Ponte, Claudinho voltou a encarar empréstimos. Até que no ano passado, após o meia se destacar na Série B do Brasileiro de 2019 pelo time de Bragança, o Red Bull Bragantino decidiu comprar os direitos do jogador que pertenciam a Corinthians e Ponte.
Conforme apurou o blog, pelos 50% que estavam nas mãos do alvinegro da capital paulista foram pagos R$ 1,5 milhão, valor que pode ser considerado baixo para os padrões do futebol. A própria negociação por Clayson exemplifica isso. A metade que a Ponte tinha dos direitos de Claudinho saiu por um preço ainda menor: R$ 1 milhão.
Por meio do departamento de comunicação do Corinthians, o blog tentou ouvir o presidente corintiano, Duilio Monteiro Alves, que era o diretor de futebol na ocasião da venda dos 50% dos direitos, mas não obteve resposta até a conclusão deste post.
Graças às boas atuações de Claudinho, o Red Bull tem recebido ofertas de fora do país, mas até agora fechou as portas. A direção não considera o momento ideal para fazer negócio.
Com o jogador em alta, o clube do interior fez um acordo com ele e ampliou o prazo de seu contrato em um ano. O vínculo agora vale até dezembro de 2024.
A multa contratual foi fixada em 60 milhões de euros (aproximadamente R$ 394,6 milhões). E pensar que um dia ele saiu de graça da base do Santos e deixou o profissional do Corinthians como moeda de troca.
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