Para se levantar, Corinthians precisa entender que goleada não foi acidente
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Vagner Mancini disse em entrevista coletiva que a goleada de 4 a 0 do Palmeiras sobre o Corinthians foi um acidente de percurso. Na opinião deste blogueiro não foi.
E não enxergar isso é o primeiro passo para levar novos chocolates do rival.
O resultado tem a ver com a maneira com que os dois clubes têm sido conduzidos. Está ligado à forma como cada um contrata, vende jogadores e cuida de suas categorias de base, entre outros fatores.
Hoje, o Palmeiras faz tudo isso melhor. A final do último Estadual entre ambos foi equilibrada, com a vitória alviverde nos pênaltis. Mas foi o único instante em que ambos caminharam próximos na temporada. Os demais resultados mostram a diferença entre os rivais, traduzida em goleada no Allianz Parque na última segunda (18).
Com Tiago Nunes no comando, o Corinthians foi eliminado antes da fase de grupos da Libertadores pelo Guaraní do Paraguai. O Palmeiras fará a final com o Santos após passar pelo River Plate.
Já sob a batuta de Mancini, o time do Parque São Jorge caiu nas oitavas de final da Copa do Brasil, fase em que estreou na competição. Foi eliminado pelo América-MG. A equipe de Abel Ferreira derrubou o mesmo adversário nas semifinais para encarar o Grêmio na decisão.
Os dois treinadores também simbolizam a diferença de patamar entre os rivais. Mancini foi contratado para afastar o Corinthians da zona de rebaixamento. O português veio para fazer o Palmeiras jogar um futebol mais moderno e ofensivo e brigar por títulos.
Eles cumpriram suas missões. O corintiano tirou a equipe da parte de baixo da tabela do Brasileiro, ostentava uma série invicta de sete jogos até o atropelamento no clássico e tenta uma vaga na próxima Libertadores.
Ferreira levou o Palmeiras a atuações de gala, como nos 3 a 0 sobre o River Plate, na Argentina, e pode conquistar três títulos na temporada.
Todo esse cenário desmonta a tese de que foi um acidente o passeio da equipe de Luiz Adriano, Willian, Gabriel Menino e Raphael Veiga sobre a de Jô, Gabriel, Everaldo e Léo Natel.
O que Mancini chama de acidente, eu chamo de natural. Caso a diretoria corintiana também entenda a goleada como acidental e não mude profundamente seu jeito de cuidar do clube, olhar o rival de baixo para cima será dolorosamente rotineiro para a Fiel.
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