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Opinião: conquista da Libertadores também tem digitais de Luxemburgo

Vanderlei Luxemburgo comanda o Vasco da Gama em jogo contra o Palmeiras no Allianz Parque - Ettore Chiereguini/AGIF
Vanderlei Luxemburgo comanda o Vasco da Gama em jogo contra o Palmeiras no Allianz Parque Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF

31/01/2021 10h10

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A conquista da Libertadores é a coroação de um longo trabalho do Palmeiras, que passa pela profissionalização no departamento de futebol e pela organização financeira. A transformação começou com Paulo Nobre e coube a Maurício Galiotte aprofundá-la e aperfeiçoá-la.

Nesse cenário, seria injusto creditar o título apenas a um tiro curto e certeiro de Abel Ferreira, que tem cerca de três meses no cargo.

A participação do português no triunfo é gigante. Rapidamente, ele conseguiu tirar o melhor da maioria dos jogadores. Sem querer mudar tudo, fez o simples e transformou a intensidade numa das principais marcas da equipe.

A maneira como ele conseguiu neutralizar Marinho e todas as armas do Santos também merece destaque.

Porém, o exercício de entender como o alviverde chegou até à volta olímpica no Maracanã nos faz reconhecer os méritos de Vanderlei Luxemburgo.

O mais perceptível deles foi dar espaço para os jovens formados na base e trabalhar em suas evoluções.

Ferreira pegou garotos prontos para encarar desafios. Gabriel Menino e Patrick de Paula, por exemplo, tinham sido destaques do time na campanha do título Paulista. Patrick, com a bênção de Luxa, bateu o último pênalti na final contra o Corinthians.

Claro, o amadurecimento das revelações palmeirenses é resultado de um longo projeto desenvolvido pelo clube. Convocações e jogos importantes pela seleção brasileira também foram importantes para fortalecer os jovens. Mas Luxa, hoje técnico do Vasco, teve participação importante nesse processo. Tanto que um dos motivos para a sua contratação foi o entendimento de que ele tinha respaldo da torcida e dos conselheiros e casca grossa para reformular o time com a presença de pratas da casa.

O próprio triunfo no Paulista de 2020 sob a batuta de Luxemburgo também ajudou no caminho até a conquista da Libertadores. Títulos acalmam a torcida e dão fôlego para trabalhos serem construídos.

Claro que as pinceladas que pintaram o continente de verde também foram dadas pelo pincel de Andrey Lopes, o interino que passou o bastão para Ferreira. Ele realizou ajustes que fizeram o time evoluir e ganhar confiança.

Ou seja, uma olhada com lupa mostra muitas digitais no troféu levantado pelo Palmeiras neste sábado (30) no Maracanã. E entre elas estão as de Luxemburgo.

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