Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Simplicidade dentro e fora de campo torna Gilmar Fubá inesquecível
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Morto nesta segunda (15), vítima de câncer, Gilmar Fubá foi símbolo de simplicidade dentro e fora de campo. Essa combinação faz com que ele seja inesquecível.
Integrante de um time que se notabilizou pela habilidade e que foi campeão do mundo em 2000, Fubá era do estilo da "bola pro mato que o jogo é de campeonato". Segurava as pontas, protegia a defesa.
A seriedade durante as partidas contrastava com o bom humor no relacionamento com a imprensa e com os colegas. Estava quase sempre sorrindo.
Certa vez, quando eu trabalhava no "Notícias Populares", tive a ingrata missão de informar que ele tinha sido eleito por seus colegas o jogador mais feio do time. Na sequência, perguntei sua opinião sobre o resultado.
O volante me olhou bem nos olhos e disparou: "quem precisa se preocupar em ser bonito é você, que ganha mal. Eu não, eu ganho bem, não preciso ser bonito".
Resposta politicamente incorreta para uma pergunta igualmente politicamente incorreta. Em seguida, Fubá caiu na gargalhada.
Talvez, a história que melhor defina Gilmar dentro e fora dos gramados seja uma contada por ele no "Resenha ESPN" sobre seu receio de bater um pênalti na final do Mundial, contra o Vasco, caso a disputa não acabasse na quinta cobrança de cada time. Ele seria o sexto a bater.
"Eu pensei, vou pedir um Eno (marca de antiácido) para o roupeiro e vou jogar na boca, vai começar a espumar minha boca, eu vou sair de ambulância e vou embora, bate o outro. Aí foi quando o Edmundo bateu, cara. Todo mundo me levantando, falando 'é campeão!', eu falei 'campeão é o caramba, ainda bem que eu não bati o pênalti", contou Fubá.
Fazer gol de título mundial não era para ele. Entender isso foi um dos méritos do volante, que encarnou o espírito guerreiro que a torcida corintiana sempre cobra de seus jogadores.
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