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Criticado pela FPF, governo de SP diz não ignorar escalada brutal de mortes
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Criticado pela Federação Paulista de Futebol, o Governo de São Paulo evita confronto direto com a entidade. A gestão comandada por João Doria responde sem criticar diretamente a FPF e afirmando não poder ignorar o brutal aumento de casos e mortes em decorrência da covid-19 no país.
O blog indagou ao governo qual sua posição sobre as críticas feitas pela federação em relação à decisão do governador João Doria de manter a suspensão dos jogos de futebol em São Paulo.
Em nota divulgada no site da FPF, na última terça (16), federação e clubes afirmaram que houve "falta de argumentos científicos e médicos que sustentem a paralisação" do futebol na fase emergencial de combate à pandemia de covid-19 em São Paulo.
Nesta quarta, o presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, disse ao programa "Redação SporTV" que Paulo Menezes, coordenador do centro de contingência do governo, faltou com a verdade. Isso quando afirmou em entrevista coletiva que o órgão deixou clara para a federação sua posição contrária à realização dos jogos durante a fase atual. O período mais restritivo vai pelo menos até o próximo dia 30.
"Em nenhum momento na reunião no palácio nem o governo nem o Centro de Contingência tiveram posição clara sobre a não realização do campeonato. Todos gostaram da ideia da bolha sanitária (apresentada pela FPF). Dr. Paulo nem participou da reunião com o governo", disse a este blogueiro, por meio de mensagem de texto, o presidente da federação.
O blog pediu para a assessoria de imprensa da Secretaria Especial de Comunicação do Governo do Estado uma posição de Menezes sobre Bastos ter dito que ele faltou com a verdade. Até a conclusão deste post não havia sido dada uma resposta.
Abaixo, leia na íntegra a resposta enviada pela assessoria de imprensa da Secretaria Especial de Comunicação do governo sobre as críticas feitas pela federação à manutenção da suspensão dos jogos.
"O Governo de São Paulo mantém diálogo permanente com a diretoria da Federação Paulista de Futebol e reconhece os esforços da entidade no sentido de garantir segurança a atletas e profissionais de imprensa que atuam na cobertura do campeonato. O Governo do Estado não pode ignorar, contudo, a brutal escalada de novos casos e mortes por covid-19 em todo o país, com recorde dia após dia. Ignorar o crescimento da pandemia nesta fase seria um contrassenso da atual gestão, que atendeu recomendações do Ministério Público e diretrizes estabelecidas pelo centro de contingência do coronavírus. São Paulo não deixará de aplicar medidas em defesa da vida e da saúde pública e reforça a necessidade de conscientização sobre a extrema e inédita gravidade da catástrofe sanitária no Brasil. Em vigor desde o último dia 15, a fase emergencial estabelece rígidos protocolos de segurança sanitária para conter a escalada de contágio do coronavírus nos 645 municípios de São Paulo".
O governo suspendeu atividades esportivas coletivas e cultos religiosos no estado após recomendação do Ministério Público paulista por meio do procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mario Sarrubbo.
Em nota publicada na segunda, o MP afirmou que manteve sua recomendação seguindo orientações dos médicos que integram gabinete de crise do órgão. Vale lembrar que os treinos das equipes estão liberados.
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