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Gabigol no cassino: MP suspeita que restaurante disfarça movimento de grana
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Para a promotora Regiane Vinche Zampar Guimarães Pereira, o cassino clandestino no qual Gabigol se encontrava no último dia 14 usava o restaurante do local para disfarçar sua movimentação financeira ilegal.
Em entrevista ao "Fantástico" o atacante do Flamengo afirmou não saber que havia jogatina no recinto e que estava lá apenas para jantar com amigos.
A suspeita da promotora é baseada no fato de terem sido encontrados pela polícia R$ 2.300 em dinheiro no local. O valor é considerado por ela pequeno para uma casa de jogos ilegais na qual estavam cerca de 150 pessoas. Foram encontradas 14 máquinas de cartões.
A representante do Ministério Público requereu que a polícia instaure inquérito para apurar se há delitos de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha cometidos por parte dos responsáveis pelo cassino.
Ela justifica o pedido afirmando que "a estrutura do local, consistente em diversas mesas de carteado e roletas, a quantidade de máquinas de cartão de crédito e a pouca quantidade de dinheiro (cerca de dois mil reais) apreendidos, dentre outros elementos, evidenciam organização estável e que o numerário auferido no jogo estava sendo contabilizado de forma dissimulada como proveniente do restaurante existente no local".
A promotora sugere medidas como a quebra de sigilo bancário na empresa sediada no local e "elucidação da movimentação financeira realizada por intermédio dos cartões de crédito dos frequentadores no dia dos fatos".
A mesma promotora relaciona Gabigol e outras vinte pessoas à prática de crime previsto no artigo 268 do código penal. Trata-se de "infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa". Nesse caso, houve desrespeito às medidas vigentes na cidade e no estado de São Paulo para combater a pandemia de covid-19. A pena prevista é de um mês a um ano, de detenção, além de multa.
A integrante do MP propôs para 21 pessoas transação penal mediante pagamentos com valores que variam conforme a condição financeira de cada um.
A quantia proposta para Gabigol é a mais alta. São cem salários mínimos a serem pagos ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente.
"Em face da prática de crime contra a saúde pública, foi ofertada a proposta de transação penal. Caso ele (Gabigol) não aceite pagar, será processado. Quanto à contravenção de jogo de azar, terá diligências para apuração", disse a promotora, explicando a situação do atacante.
Em relação ao MC Gui, que também estava no cassino, a promotora solicitou mais informações.
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