Topo

Perrone

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Santos corta gastos com salários, viagens e 'bicho' contra crise financeira

21/03/2021 12h14

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Para enfrentar suas dificuldades financeiras, o Santos adotou um pacote de medidas que inclui corte de cerca de 28,7% nos gastos com salários em todas as áreas do clube. Nos planos também estão demissões, redução na premiação por vitória aos jogadores, conhecida como bicho, nas despesas com viagens do time e nas autorizações para funcionários se alimentarem no refeitório do CT.

As medidas foram detalhadas em ata da reunião do Comitê de Gestão realizada em 22 de fevereiro.

O documento está disponível no site do Santos. As propostas foram apresentadas pelo presidente Andrés Rueda.

"O presidente apresentou a folha salarial bruta, separada por departamentos. O valor total da folha representa R$ 8 milhões/mês (incluindo todas as áreas). A meta unânime entre os gestores é reduzir o valor em cerca de R$ 2,3 milhões. Rueda também detalhou uma conversa com Jorge Andrade, executivo do futebol, para redução de custos em viagens nos jogos como visitante, relacionados ao tamanho da delegação e gastos em hotéis, nas autorizações para funcionários usarem o refeitório dos atletas no CT e nas premiações por vitórias. Serão criadas regras mais rígidas quanto a estes gastos. Todas essas iniciativas visam equilibrar receitas e despesas para que possamos, em breve, apresentar uma nova versão do orçamento de 2021 ao Conselho Deliberativo", registra o documento.

A ideia da diretoria não é mudar o padrão dos hotéis usados pela delegação nas viagens para cortar gastos, mas reduzir o número de pessoas que viajam.

Em relação aos funcionários que almoçam no CT, aqueles que recebem tíquete para pagar refeições passarão a utilizar o refeitório da Vila Belmiro.

A mudança acontece porque no CT não é exigido tíquete. Assim, o entendimento é de que havia colaboradores que recebiam o benefício do tíquete, mas não pagavam pela alimentação. Também existe a avaliação de que o refeitório do CT é um local prioritariamente para jogadores e comissão técnica.

Na mesma reunião foi aprovada, "no contexto da necessidade do clube de reduzir a folha salarial mensal" a demissão de quatro funcionários das áreas de comunicação, coordenação de futebol, um médico e um motorista de ônibus. Todas foram aprovadas por unanimidade pelo comitê.

Se inscreva no canal do Ricardo Perrone.