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Entenda a divergência entre presidentes da CBF e do Palmeiras em reunião
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A publicação pelo jornal "O Dia" de trecho de reunião em que o presidente da CBF, Rogério Caboclo, se coloca radicalmente contra a paralisação do futebol no país reforça argumento que tem sido usado por ao menos parte dos dirigentes paulistas. Trata-se da tese de que o Paulistão não pode parar porque a CBF, além da Conmebol, não admite suspender seus jogos e reorganizar o calendário nacional.
Ou seja, o vídeo dá força à justificativa de que há uma pressão da Confederação Brasileira para que o futebol nos estados não pare por causa da fase crítica da pandemia de covid-19 no país.
A videoconferência organizada pela CBF no último dia 10 teve a participação de dirigentes de clubes das séries A e B do Brasileiro.
No momento mais tenso do vídeo exibido pelo jornal, Caboclo diz de maneira calma e pausada: "eu vou mandar no futebol brasileiro e vou determinar que vai ter competição porque vocês estão fodidos, se não tiver. Eu assumo o ônus por todos vocês".
Em seguida, o presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, pergunta se o assunto pode voltar a ser discutido em outro momento. O presidente da CBF, então, indaga: "por que em outro momento?".
"Porque eu acho que a discussão é um pouco mais ampla, mas eu vou encerrar aqui a minha colocação", emenda Galiotte. Caboclo devolve com um "ótimo".
Conforme apurou o blog, o presidente alviverde já tinha falado antes que o tema deveria ser debatido de maneira mais profunda e técnica antes de uma posição ser tomada.
Também de acordo com a apuração deste blogueiro, Galiotte preferiu não continuar a falar por entender que o presidente da CBF estava irredutível. E que se insistisse no assunto não ouviria de Caboclo argumentos técnicos. Assim, preferiu se calar.
Ao menos parte dos participantes ficou constrangida com a postura do dirigente da CBF na reunião. Publicamente, porém, não há críticas a Caboclo.
Até mesmo o presidente do Palmeiras não se coloca em posição de conflito com o cartola da CBF. O dirigente, no entanto, fez questão durante a reunião de manter o posicionamento técnico que vem tendo durante a pandemia, baseando suas decisões em recomendações dos médicos do Palmeiras.
Foi assim, por exemplo, que ele se recusou a colocar seu time para jogar nesta terça (23), em Volta Redonda, com o São Bento, pelo Campeonato Paulista.
O principal argumento foi o de que os médicos afirmaram que não havia tempo hábil para executar de maneira segura o protocolo sanitário do clube.
Em relação à continuidade do calendário organizado pela CBF, Galiotte entende que médicos dos clubes deveriam ser ouvidos antes de uma tomada de decisão. Seu desejo era de uma discussão mais técnica e democrática, algo que percebeu que não conseguiria após as colocações de Caboclo.
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