Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Como as receitas com sócio-torcedor dos grandes de SP definharam em 2020
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Em 2020, as receitas dos clubes com seus programas de sócio-torcedor ficaram entre as mais atingidas. Os quatro principais times de São Paulo refletem em seus balanços relativos ao ano passado esse problema, que é nacional. Com o público vetado nos jogos, os sócios-torcedores tendem a deixar de pagar suas taxas ou a não renovar seus planos.
Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo estão entre os atingidos. O estrago foi milionário.
O Alvinegro do Parque São Jorge previa em seu orçamento obter receita de R$ 14,3 milhões com o Fiel Torcedor em 2020. Porém, o programa definhou por causa da pandemia e a arrecadação foi de R$ 5,6 milhões (aproximadamente 39% do valor previsto). Os dados foram fornecidos ao blog pelo departamento de comunicação do Corinthians. No balanço, o clube apresenta as receitas do Fiel Torcedor somadas às verbas obtidas com premiações, loterias e "outras".
O documento, no entanto, cita os reflexos da pandemia na arrecadação do programa. O balanço aponta que "os impactos financeiros e econômicos para o clube foram muito severos, pois as receitas de patrocínios, explorações comerciais e programa de Fiel Torcedor tiveram redução significativa no período, além da postergação de parte (cerca de 20%) das receitas de direitos de transmissão (TV) para o exercício de 2021".
Apesar da incerteza sobre quando os jogos poderão voltar a ter público, o orçamento corintiano para 2021 prevê receita de R$ 9,8 milhões com o Fiel Torcedor.
O Palmeiras relata em seu balanço perda de receita de R$ 28.603.000.000 no Avanti, seu programa de sócio-torcedor.
Esse é o valor a menos que o Alviverde arrecadou em 2020 em relação ao que estava previsto em seu orçamento para o ano passado.
"O Avanti gera diversos benefícios aos seus sócios, porém, existe uma forte ligação com o público que frequenta os estádios. Dessa forma, com a proibição de público nos estádios, a receita bruta de Sócio-Torcedor Avanti teve uma redução de 51% em relação ao ano anterior, sendo a segunda receita que mais sofreu com a pandemia", diz trecho do balanço palmeirense.
Em 2020, o Avanti arrecadou R$ 22.356.000. Em 2019, a receita do Alviverde com o programa havia sido de R$ 46.086.000. Ou seja, queda de R$ 23.730.000.
A redução ocorreu apesar das medidas tomadas pela direção palmeirense para tentar evitar a "fuga" dos sócios-torcedores.
"Aos sócios-torcedores que se mantiveram adimplentes nas mensalidades do Programa Avanti durante o período de restrição de público nos jogos (a partir do mês de abril de 2020), a SEP permitiu que as mensalidades se transformassem em créditos que podem ser trocados por ingressos adicionais assim que o retorno de torcedores for autorizado. Além deste benefício, o sócio Avanti também teve a opção de utilizar parte do valor acumulado em créditos durante o período para a compra de produtos selecionados na Palmeiras Store. A SEP expandiu também os benefícios do programa de sócio-torcedor para além do estádio, permitindo que os sócios-torcedores passassem a indicar estabelecimentos de qualquer local do Brasil para firmar parcerias com o Avanti e conseguir descontos em supermercados, lojas de materiais de construção, lojas de bairro, entre outros", diz o balanço do Palmeiras.
Já o São Paulo, em 2020, arrecadou com seu programa de sócio-torcedor R$ 7.203.000. A previsão era de receita de R$ 15 milhões. Em 2019, a arrecadação tricolor com o projeto sócio-torcedor foi de R$ 9.505.000. A redução entre um ano e outro foi de R$ 2.302.000.
"Também limitaram a obtenção de melhores receitas a vedação governamental à presença de espectadores nos jogos da temporada, a perda das receitas do programa sócio-torcedor, licenciamento de marca e patrocínios, bem como a retração nas receitas com contribuições sociais, entre outras", registra o balanço são-paulino.
O Santos também viu uma queda de receitas em seu programa, o Sócio Rei. A arrecadação foi de R$ 9.644.000 em 2020. No ano anterior, ela havia sido de R$ 10.905.000. A diminuição foi de R$ 1.261.000. Os números foram obtidos pelo blog junto à assessoria de imprensa do Santos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.