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Justiça não encontra saldo positivo em 14 contas corintianas para bloqueio

Duílio Monteiro Alves, presidente do Corinthians - Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Duílio Monteiro Alves, presidente do Corinthians Imagem: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

21/05/2021 04h00

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A Justiça de São Paulo tentou realizar o bloqueio judicial de R$ 135.292,17 em contas do Corinthians em bancos e instituições especializadas em movimentações financeiras online. Porém, em 14 delas não havia saldo positivo. Em dois desses casos, já tinham ocorrido bloqueios totais.

Procurado por meio de seu departamento de comunicação, o Corinthians disse que não comentaria o assunto.

As tentativas foram feitas entre os últimos dias 13 e 14 por conta de uma ação de execução movida pela empresa B2F Marketing Esportivo. Ela cobra comissão por intermediar a renovação do contrato do meio-campista Maycon, revelado pelo alvinegro e hoje no Shakhtar Donetsk.

Não foram encontrados saldos positivos nas contas do Corinthians nos bancos do Brasil, Bradesco, Pan, BMG, Santander, Caixa Econômica Federal, Safra, BCV, Indusval e Itaú. O mesmo aconteceu no PagSeguro e no Mercadopago.

Na PayPal do Brasil Serviços de Pagamentos e na Agillitas Soluções de Pagamentos a resposta à Justiça foi de que não havia saldo disponível devido a bloqueios totais feitos anteriormente.

Também houve busca no Banco Daycoval, que informou que o clube possui apenas "ativos comprometidos em composição de garantia ou em ciclo de liquidação ou resgate".

Já o BancoSeguro informou que o "réu/executado não é cliente (não possui contas) ou possui apenas contas inativas, ou a instituição não é responsável sobre o registro de titularidade, administração ou custódia dos ativos".

A dívida

A B2F Marketing Esportivo entrou com a ação de execução de título extrajudicial em novembro do ano passado.

De acordo com os advogados da empresa, o clube se comprometeu a pagar a ela R$ 462 mil pela renovação do contrato de Maycon, então promessa das categorias de base do Alvinegro.

O pagamento seria feito em dez parcelas de R$ 46.200 mil no último dia útil de julho e outubro de 2017 a 2021.

Porém, o acordo previa que, em caso de transferência do atleta, os pagamentos seguintes não precisariam ser feitos.

Em junho de 2018, Maycon foi negociado com o clube ucraniano. Assim, as parcelas seguintes foram canceladas.

A empresa alega que não recebeu os valores referentes a julho e outubro de 2017. Ou seja, o valor original do débito é de R$ 92.400 mil. Com juros, correções, custas processuais e honorários advocatícios chegou-se a R$ 135.292,17.

Em outra ação, a B2F cobra 10% do valor da venda de Maycon ao Shakhtar alegando ter essa porcentagem em relação aos direitos econômicos do jogador na ocasião. Nesta ação, no último dia 13, a Justiça deferiu penhora de R$ 1.543.658,35 em favor da empresa.

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