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Zona de rebaixamento desafia estrutura que diminui poder de técnico do SPFC
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Quando contratou Crespo, o São Paulo trouxe apenas um técnico, não um cara para mandar no departamento de futebol do clube. Essa definição resume o sistema implantado por Julio Casares no futebol são-paulino. A estrutura criada vive sua nova prova de fogo com a classificação do time na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
O clube tem um diretor estatutário, Carlos Belmonte, um diretor executivo de futebol, Rui Costa e um coordenador de futebol, Muricy Ramalho, além de outros integrantes do departamento.
Esse método de trabalho, que diminui o poder do treinador e coloca mais pessoas para pensar o futebol tricolor, passou com louvor no teste do Campeonato Paulista, graças à conquista do título.
Como era esperado, o desafio está sendo maior no Brasileirão.
A dificuldade enfrentada pela equipe até aqui, porém, é maior do que se imaginava.
Continuar na zona de rebaixamento (17° lugar), com quatro empates e três derrotas, não pode ser considerado um natural reflexo do desgaste pela conquista do Estadual e dos desfalques sofridos.
É preciso ligar o alerta máximo porque daqui a pouco a ameaça de rebaixamento começa a fazer as pernas dos atletas pesarem. Fica mais difícil sair do atoleiro, que aumenta a cada rodada.
Belmonte, Costa e Muricy precisam cobrar, apontar soluções e dividir responsabilidades com Crespo. É a hora de mostrar que a engrenagem funciona. Casares precisa agir para que todos encarem o momento com a energia que ele exige, não apenas como algo passageiro, de menor importância.
O São Paulo está muito longe do lugar que pode ocupar no Brasileiro uma equipe com folha salarial de R$ 17 milhões mensais. Não há desfalque que justifique a falta de futebol apresentada. Nem o de Crespo, que testou positivo para covid-19.
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