Copa do Mundo do São Paulo agora é resolver situação de Daniel Alves

A diretoria do São Paulo tratou o Campeonato Paulista como Copa do Mundo Deu certo. O clube conquistou a taça que não levantava desde 2005. Na Libertadores, historicamente a competição mais importante para o torcedor tricolor, o time foi eliminado nas quartas de final, nesta terça (17), ao perder por 3 a 0 para o Palmeiras. Na opinião deste blogueiro, o que a diretoria são-paulina precisa encarar como Mundial agora é resolver a situação de Daniel Alves. Sem isso, não haverá tranquilidade para seguir em frente.

O lateral e meia tem contrato até o final de 2022, mas é credor do São Paulo por conta de um contrato que o clube não tem condições financeiras para honrar. Nunca teve. A relação tornou-se tóxica.

Grande parte da torcida tricolor não suporta mais o veterano. E ele já deixou clara sua insatisfação com a dívida e com seus chefes ao dizer depois do ouro olímpico que o São Paulo falhou com ele, mas ele nunca falhou com o clube.

Na partida decisiva contra o Alviverde, Dani falhou no primeiro gol do adversário ao não travar Zé Rafael, além de não ser capaz de liderar o time rumo à classificação.

A bronca da torcida aumentou. O jogador não terá paz. Imagine como será quando a presença do público nos estádios for liberada.

A diretoria tricolor precisa agir rapidamente. O mais importante neste momento é ter uma conversa definitiva com o atleta. Ou o clube tem condições mínimas de cumprir o contrato e saldar a dívida ou estuda uma forma menos traumática financeiramente de encerrá-lo.

O que não pode é a relação continuar como está. Com jogador, diretoria e torcida insatisfeitos. E, o que é pior, sem Daniel Alves ser o líder que o São Paulo precisa ter.

O campeão olímpico já foi muito útil ao clube, como na conquista do Paulista. E pode ser mais. Porém, não nesse clima de fim de casamento.

O São Paulo precisa dele inteiro para sair da parte inferior da tabela do Brasileirão. E ele precisa de paz e salário em dia para trabalhar, como qualquer trabalhador. Sem tirar esse problema da frente, a chance de o Tricolor sangrar até o final da temporada é grande.