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Novela com Corinthians e Caixa se arrasta, e processo volta a ser suspenso
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Na última quarta (3), a Justiça Federal determinou nova suspensão por 60 dias do processo em que a Caixa Econômica Federal cobra ao menos R$ 536 milhões da Arena Itaquera S/A, controlada por Corinthians e Odebrecht.
"Suspendo os autos pelo prazo suplementar de 60 dias para tratativa das partes com vistas à composição amigável", escreveu o juiz Victorio Giuzio Neto, da 24ª Vara Cível Federal de São Paulo.
Desde outubro de 2019 tem sido assim: o juiz determina a suspensão porque os envolvidos estão tentando uma solução amistosa.
O mais curioso é que desde novembro de 2020 o Corinthians dá como certo o acordo para encerrar a cobrança na Justiça e iniciar uma forma de pagamento mais confortável para o clube.
Porém, o caso virou uma novela. O prazo da suspensão anterior chega perto do fim sem que o trato seja assinado.
A última suspensão havia ocorrido em agosto. Atualmente, dirigentes alvinegros culpam entraves burocráticos pela demora.
Alegando que a Arena Itaquera atrasou parcelas referentes ao financiamento de R$ 400 milhões feito no BNDES, por intermédio da Caixa, para a construção do estádio alvinegro, o banco executou o contrato exigindo o pagamento da dívida total.
Com multa, a cobrança chegava a cerca de R$ 536 milhões, nas contas da Caixa, no início da ação apresentada em 2019 à Justiça Federal. O clube contesta o valor.
O novo compromisso que os cartolas esperam assinar em breve prevê a troca dos pagamentos mensais por parcelas anuais, o que liberaria o Corinthians para usar mensalmente como quiser o dinheiro da venda de ingressos, mas com a obrigação de honrar o compromisso anual. Um período de carência para o início da nova quitação também foi costurado.
O acordo original obriga o clube a usar a verba gerada pela comercialização de entradas para os pagamentos referentes à arena.
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