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Perrone: Três problemas crônicos do Corinthians que Pereira sentiu na pele

Vítor Pereira, do Corinthians - Alan Morici/AGIF
Vítor Pereira, do Corinthians Imagem: Alan Morici/AGIF

06/03/2022 10h25

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Em sua estreia contra o São Paulo , Vítor Pereira conheceu de perto antigos problemas da equipe. Confira a seguir.

1 - Falta de um primeiro volante
Antes mesmo da ida de Gabriel para o Inter, já existia uma carência no elenco em relação à essa função. Faltava alguém para se revezar com o veterano na destruição de jogadas adversárias.
Contra o São Paulo, Pereira fez o básico e começou a partida mantendo Du Queiroz como primeiro volante.
Apesar do esforço do jogador, que não tem a marcação como principal característica, a defesa corintiana ficou exposta, sobretudo nos contra-ataques.
Os são-paulinos tiveram muito espaço para trabalhar, o que tem sido uma doce rotina para os adversários do Alvinegro.
No segundo tempo, o português colocou Cantillo no lugar de Queiroz. Apesar de sua qualidade no passe, não houve ganho na construção das jogadas. E a defesa ficou ainda mais desprotegida.
A menos que a diretoria contrate um primeiro volante, Pereira deve enfrentar dificuldades para resolver o problema.
2 - Falta de um centroavante
Essa é outra carência antiga do elenco. Mais uma vez, Róger Guedes demonstrou desconforto para exercer a função. Ninguém melhor do que Pereira para falar sobre a atuação do atacante.
"Tentei com que a equipe ficasse mais à vontade com a bola, tivesse linhas de passe. O Róger fez isso, também por não termos trabalhado o suficiente, às vezes bem e outras nem tanto, com movimentos muito lateralizados e, quando vamos à área, o nosso atacante não está lá. Portanto, isso é um aspecto que teremos que corrigir com ele. Não podemos andar tanto nos corredores laterais, tem que ficar mais no centro para, depois, aparecer na área. Às vezes também ficou muito baixo (recuado), ao lado do volante, não quero isso do meu atacante. Mas assumo a responsabilidade, falta tempo de trabalho'', disse o técnico em sua entrevista coletiva.
Jô, que entrou no segundo tempo, continua sendo útil para o time. Mas tem dificuldade para fazer algo que o português considera vital: marcar imediatamente o adversário após a perda da bola.
Desde o final da última temporada, a direção sonha com a contratação de um centroavante renomado internacionalmente.
3 - Nível dos reservas
No banco de reservas do Corinthians a maioria dos jogadores tem nível técnico muito inferior em relação aos titulares. Uma demonstração disso é que nenhum dos escolhidos pelo técnico para entrar no segundo tempo fez a diferença.
Cantillo, Luan, Adson, João Pedro e Mantuan, por exemplo, estão bem longe de Paulinho, Juliano, Renato Augusto, Fágner e Willian, por exemplo.
O problema deve aumentar se a rascunhada venda de Gabriel Pereira para o grupo City se concretizar.