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Atraso da Taunsa pressiona área de compliance do Corinthians
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O fato de a Taunsa ter atrasado ao menos parte dos pagamentos que se comprometeu a fazer ao Corinthians, como revelou esta coluna, pressiona os responsáveis pelo regime de compliance implantado recentemente no clube.
Informações publicadas pela coluna de Diego Garcia, no UOL Esporte, a respeito de a patrocinadora enfrentar cobranças na Justiça, jogaram lenha na fogueira.
Num dos processos, uma busca feita nas contas da parceira alvinegra não encontrou nem R$ 1 em suas contas.
O Corinthians usa o dinheiro do contrato de patrocínio com a Taunsa para pagar Paulinho.
Os problemas jurídicos fazem uma parte dos oposicionistas criticar os encarregados pelo sistema de compliance do clube por, supostamente, não alertarem a diretoria a respeito das cobranças que a patrocinadora enfrenta na Justiça. O entendimento é de que, para evitar riscos, a direção não deveria ter fechado contrato com a Taunsa.
Em julho de 2021, o Corinthians anunciou um acordo com o escritório Gelson Ferrareze Sociedade de Advogados para a implementação do regime de compliance.
"O compliance no Corinthians terá o compromisso de proteger a instituição, agora e no futuro, a partir de regras bem estabelecidas em contratos, fornecimento de serviços e regras de conduta a serem seguidas por todos os diretores e empregados e colaboradores do clube, garantindo a integridade e a transparência e gerando sinais positivos para o mercado e as marcas que eventualmente queiram se associar ao clube, que reconhecerão um inegociável compromisso com as boas práticas corporativas", diz o comunicado divulgado pela agremiação na ocasião.
O regime de compliance é um dos principais pontos da gestão de Herói Vicente, diretor jurídico do clube e que estava na oposição antes de assumir o cargo.
Conselheiros que querem informações sobre qual foi a atuação dos responsáveis pelo setor de compliance do Alvinegro entendem que o presidente Duilio Monteiro Alves deve dar explicações. Um dos esclarecimentos é se, de fato, o contrato foi analisado pela área de compliance.
A coluna teve acesso a mensagens trocadas entre conselheiros oposicionistas e da situação sobre o tema.
Numa delas, um membro do conselho diz que Duilio foi informado pela área de compliance dos riscos que estaria correndo, mas, mesmo assim, decidiu assinar com a Taunsa.
Em seguida, ele diz que é preciso que os conselheiros conheçam o contrato para checar se há cláusulas que protegem o clube.
A coluna entrou em contato com o escritório Gelson Ferrareze Sociedade de Advogados, perguntou se o contrato com a Taunsa foi analisado e se foi feito algum alerta ao Corinthians sobre eventuais riscos. Sem se manifestar, o escritório orientou este colunista a procurar a assessoria de imprensa do Alvinegro, o que já havia sido feito.
Ao departamento de comunicação do Corinthians, a coluna perguntou se era obrigação do departamento de compliance fazer uma análise sobre o histórico da Taunsa, se foi feita uma avaliação de processos na Justiça e se algum alerta foi realizado.
Porém, a resposta foi que "o Corinthians não fará mais comentários sobre esse assunto (Taunsa)".
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