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Antes da parceria com a Taunsa, Corinthians fez pedida que afugentou Midea
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Com Yago Rudá, do UOL, em São Paulo
No final de 2021, Corinthians e Midea discutiram a renovação por mais um ano do contrato pelo qual a empresa estampava sua marca no alto das costas da camisa do Alvinegro. Na ocasião, o clube vivia a expectativa de acertar com outro parceiro para receber quantia bem mais vantajosa e fez uma pedida que afugentou a Midea, conforme apurou a reportagem.
Em 15 de dezembro, o Corinthians anunciou a Taunsa como parceira, sem esclarecer em qual espaço a marca da empresa do ramo do agronegócio seria divulgada durante o contrato, válido até dezembro de 2023.
Em janeiro, o Corinthians divulgou que, como parte do acordo, a Taunsa apareceria por quatro jogos do Paulistão na faixa da camisa antes ocupada pela Midea.
Como revelou a coluna, a Taunsa deixou de fazer pagamentos combinados. Hoje, o alto das costas da camisa corintiana traz a logomarca do Universo SCCP, plataforma digital clube.
De acordo com a apuração da coluna, o último contrato da Midea com o Corinthians, para a temporada de 2021, previa um pagamento total pouco acima de R$ 8 milhões, desde que não houvesse paralisação por conta da pandemia de covid-19.
A coluna não teve acesso ao valor oficial da pedida feita pelo Corinthians para renovar por um ano com a Midea. Mas é possível afirmar que o montante representaria aumento de no mínimo pouco menos de 50%. Isso porque supostamente o clube tinha uma proposta muito superior em relação ao antigo contrato.
A patrocinadora respondeu que não valeria a pena para ela renovar nos termos sugeridos e as conversas foram encerradas.
Também como revelou a coluna, em reunião do Conselho Deliberativo na última segunda (25), a diretoria explicou que, para evitar riscos de calote, exigiu da Taunsa pagamento à vista de R$ 18 milhões em dezembro do ano passado.
Foram combinados também os pagamentos de pelo menos mais R$ 6 milhões parceladamente em 2022. De acordo com a explicação, desses R$ 24 milhões, nada foi pago. O caso está com o departamento jurídico.
Ou seja, o Alvinegro perdeu a chance de renovar com um parceiro que já pagava pouco mais de R$ 8 milhões por ano, levou calote do novo patrocinador e agora faz propaganda de um produto seu no mesmo espaço da camisa.
O Corinthians esperava pagar integralmente o salário de Paulinho com o dinheiro que deveria receber da Taunsa. Porém, a direção alega que as remunerações do meio-campista estão em dia.
Por sua vez, a Midea mantém parceria global com o Manchester City.
A empresa assinou seu primeiro compromisso com o Corinthians em 20 de dezembro de 2019, com Andrés Sanchez na presidência.
O UOL Esporte teve acesso ao contrato. Ele previa pagamento total de R$ 8 milhões em 2020. As parcelas mensais eram de R$ 666.666,67.
Por causa da paralisação das competições por conta da pandemia, foi costurado acordo para a empresa ter 75% de desconto enquanto não acontecessem os jogos e 50% na retomada dos campeonatos e até o final do contrato. Um novo acordo foi assinado para a temporada de 2021.
Corinthians não responde
A coluna enviou questionamentos sobre a tentativa de renovação com a Midea para a assessoria de imprensa do Corinthians, mas não obteve resposta até a conclusão deste post.
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